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La Petite Souris


O livro é composto por dez contos com temáticas diferenciadas. No entanto, é possível identificar a raiz africana quando seus valores, suas crenças e a presença de elementos mágicos surgem fazendo com que o desenrolar das histórias liberte o imaginário dos leitores. O herói é o fio condutor dos textos e seu caminhar, dentro das histórias, resgata a importância da oralidade e da ancestralidade.

Contos // 96 páginas // Editora Callis // nota: 5/5


Uma coletânea de sonhos de um continente rico em cultura, história e força. Contos Africanos traz relatos mágicos de pessoas que vivem o transcendental, ou são de outro mundo, como deuses e seres fantásticos que interagem com o ser humano comum.

A rica tradição cultural da África nos é apresentada: o valor da oralidade, a relação visceral com a natureza, os sonhos de retornar à terra natal e o amor empático pelo outro. E, também, a força da luta pelos direitos. Afinal, esse continente tão lindo, infelizmente, foi cenário de guerras e ódio por tanto tempo que é preciso ser relembrado para ser superado.

Porém, mais do que histórias fantásticas de aventuras e amor, o livro é um show de diagramação. As páginas são avermelhadas e, na parte inferior, possuem ilustrações da fauna e flora africanas. Isso torna o livro mais encantador e parece que acompanhamos uma história dentro de outra, a dos animais ilustrados. Além disso, a editora também brinca com as palavras no texto, dando um formato novo a elas que dinamiza a leitura.


Meu conto favorito é o da menina que conta histórias na sala de aula sobre seu país, mas que tem que lidar com problemas de matemática no final. Eu me identifiquei tanto com ela, haha!
Ao final, fiquei muito feliz por ter conhecido mais um pouco de uma cultura irmã e, ao mesmo tempo, tão negligenciada por nós. Por isso, recomendo esse livro para todas as idades, pois aprender e exercitar a empatia nunca é demais!

E você já leu esse livro? O que achou? 

Au revoir
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Eu tenho o costume de separar a obra de Dr. Seuss em duas categorias. Livros de arco definido e livros didáticos. Na primeira, estão todos aqueles que tem heróis e narrativas completas, e foram adaptados para outras mídias. O exemplo mais famoso é O Grinch, a jornada do anti-herói que odeia o Natal.

Já na segunda categoria, estão os livros que tem sim personagens, mas que possuem o objetivo de ensinar coisas escolares em primeiro lugar. Por exemplo, tem um livro ótimo para quem está aprendendo inglês chamado Fox in Socks, que tem trava-línguas malucos. Ele não tem uma narrativa relevante, mas ensina muito na pronúncia do idioma.

Green Eggs and Ham é um livro que sempre esteve nesta segunda categoria e qual não foi minha surpresa quando a Dona Netflix fez uma série inteira com 13 episódios baseada nele! No início, até achei que eles iriam juntar vários livros do Seuss e aproveitar o mundo inteiro dele... Mas, eu estava errada, Rogerinho! 

Para vocês entenderem o porquê de eu ter ficado tão surpresa, o livro conta a história de um cara (na série, ele ganha o nome de Guy-Am-I) que está de buenas almoçando no restaurante. De repente, surge Sam-I-am, a personificação da extroversão e pede um prato de ovos verdes e presunto. Ele oferece, então, a comida ao Guy. Você deve estar pensando que ele só está sendo simpático com o colega... Mas, não!

O ser fica aborrecendo Guy perguntando se ele gostaria de comer ovos verdes e presunto em situações bizarras. Até que, no fim, o Guy experimenta a gororoba e se apaixona por ela. 

Não sei se a intenção de Seuss era mostrar que ser chato não é legal ou fazer as crianças comerem coisas verdes (mesmo que em seu planeta, elas sejam conhecidas como vegetais), mas o fato é que o livro é bem mais didático para mim, porque ele ensina as crianças a lembrarem de longas narrativas. Se você tiver crescido nos anos 90/00, lembra daquela sketch do Ra Tim Bum sobre a velha no seu tear? É mais ou menos isso que Seuss traz em Green Eggs and Ham. Por isso, ele era da segunda categoria para mim.

Então, como a Netflix me faz uma série de 13 episódios longuíssima com base em perguntas e respostas simples? Bem, com muita imaginação e respeito! A base é a mesma: Sam e Guy se encontram no primeiro episódio e a pergunta fatídica é feita. E em cada episódio, nomeado com uma referência ao livro, a pergunta é feita igualzinho no livro. Mas, a série é tão maior!

Ela traz uma narrativa de perseguição típica de aventuras infanto-juvenis, com Sam e Guy juntos fugindo de uma dupla de inspetores e de um colecionador, porque Sam libertou uma Chickaraffe do zoológico em que estava. Ela é uma espécie rara, então eles têm que a proteger e ajudá-la a voltar pra casa. 

Além disso, Guy precisa ir ao centro para começar em um emprego novo (e chato), depois de uma grande decepção. No caminho, eles encontram a outra dupla de protagonistas, uma mãe controladora e sua filha aventureira, que precisam ir pra cidade em uma convenção.

Claro que não é nada fácil chegar ao destino e em cada episódio os vimos passarem por uma aventura maior do que a outra! O meu favorito é o da Raposa (sou suspeita hahaha), a forma como eles trabalharam a quebra de expectativa e o humor foi muito interessante. 

Aliás, o humor é um ponto alto da série! A toda hora me pegava rindo, principalmente do choque de personalidade entre o Sam e o Guy. Personalidades essas que são a cereja da série: foi incrível como os roteiristas expandiram os protagonistas tendo apenas ilustrações com o base para isso.

Porém, é o meio para o final que faz com que a série mereça ser aplaudida de pé por todas as idades. O plot twist com a revelação bombástica do passado de um personagem é de tirar o chapeu! E, no fim, pensamos que era para ser assim mesmo, sabe? Mesmo com a grande decepção... Ai, a emenda pra segunda temporada também é de aquecer o coração e de angustiar pela demora em ser lançada!

Sabe o que tiro de tudo isso? É que Seuss é um gênio e a Dona Netflix também! E você já assistiu? O que achou?

Au revoir. 

Ps: se você amou a série tanto quanto eu, aproveita para assistir ao episódio de Seuss no especial de Natal de Mandou Bem. Os bolos ficaram tão lindos (~sarcasmo on~)...
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Sonhei com o Sol esta noite. O Sol suando no céu escamoso. O Sol lá no alto, eu lá embaixo, contrastes de luz e de energia, além da distância entre dois pontos. De repente, eu era o Sol... O Sol suando no céu escamoso.

Meu suor era feito de fótons que se desprendiam, ora aqui, ora ali, do meu rosto. Não conseguia vê-los, mas era um alívio quando eles saíam de mim para a liberdade vazia do universo ao redor de mim. "Mas, aonde eles poderiam chegar?", peguei-me pensando enquanto era o Sol. À minha frente, haviam tantas bolas giratórias que pareciam querer receber meu suor avidamente, algumas bolas maiores, outras mais instáveis e uma única, quase no meio da fila que elas formavam, a mais colorida, parecia ter seus próprios fótons de luz e me passava a sensação de querer menos o que eu tinha a oferecer. Seria verdade?

Eu queria confirmar isso. Porém, meu estado de consciência solar era completamente desconectado dos possíveis movimentos corporais da estrela. Ou seja, eu não conseguia sair da linha em que estava parado... Minha curiosidade não seria nunca sanada? Aquela bola azul, chamada de planeta, era de fato indiferente aos meus poderes sobrenaturais de suar energia e calor?

E então, algo extraordinário aconteceu! A bola girou e girou e, então, uma ponta dela se aproximou de mim e eu conseguia ver o que estava dentro dela! Saí de meu nível universal para entrar no curioso planetinha, brilhando em um céu cheio de nuvens e poluição, horroroso e delicado ao mesmo tempo. E, então, percebi que meus fótons eram muito importantes naquele lugar. Afinal, foram eles que deram vida, movimento e barulho para aqueles pedaços de terra e mar que completavam magnanimamente a bola azulada. 

Naquele estado no céu, eu como Sol era alegre. Olhava para baixo e sentia me desconectar, um fio de cada vez, uma tomada desplugada a cada instante, boiando leve pelo espaço disponível entre o céu e a terra. Eu já não era mais o Sol. Eu era eu mesma, sentia os lençóis macios tocando meus pés descobertos. 

Quando levantei, havia uma pequena poça de suor em meu travesseiro. À luz negra, ela brilhava como mil sóis.
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O temperamento do Gato Malhado não era nada bom: bastava aparecer no parque para todos fugirem às pressas. E ele não se importava mesmo com os outros, ia tocando a vida com a indiferença habitual. Até que, chegada certa primavera, o Gato nota que a Andorinha Sinhá não tem receio algum dele. Foi o suficiente para que dali nascesse a amizade dos dois, que se aprofunda com o tempo. No outono, os bichos já viam o Gato com outros olhos, achando que talvez ele não fosse tão ruim e perigoso, uma vez que passara toda a primavera e o verão sem aprontar. Durante esse tempo, até soneto o Gato escreveu. E confessou à Andorinha: "Se eu não fosse um gato, te pediria para casares comigo". Mas o amor entre os dois é proibido, não só porque o Gato é visto com desconfiança, mas também porque a Andorinha está prometida ao Rouxinol. Jorge Amado colheu a história desse amor impossível de uma trova do poeta Estêvão da Escuna, que a costumava recitar no Mercado das Sete Portas, em Salvador, e a colocou no papel com o tom fabular dos contos infanto-juvenis em 1948, quando vivia em Paris. Não era uma história para ser publicada em livro, mas um presente para o filho, João Jorge, que completava um ano de idade. Guardado entre as coisas do menino, o texto só foi reencontrado em 1976. João Jorge entregou então a narrativa a Carybé, que ilustrou as páginas datilografadas. Jorge Amado deu-se por vencido: o livro foi publicado no mesmo ano. O texto foi adaptado mais tarde para teatro e balé. Esta nova edição preserva as ilustrações magníficas de Carybé, que foram inseridas em novo projeto gráfico de Kiko Farkas. A escritora Tatiana Belinky, grande fã de Jorge Amado assim como deste livro, foi convidada para escrever o posfácio.

Infanto-juvenil // 128 páginas // Companhia das Letrinhas // nota: 4/5


A história de amor entre um gato rabugento e temido no parque aonde mora e uma andorinha alegre e petulante. Seria um romance trágico, se não fosse escrita pelo cânone, o divertido Jorge Amado. E se não fosse um romance infanto-juvenil.

Mas, o charme do livro não é tanto o enredo, mas sim a forma como o autor nos conta essa história. Primeiro, ele conta as aventuras da Manhã que se apaixona pelo Vento, mas, desiludida, vai conversar com o tempo e conta uma história para ele. A história contada é a do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá.

Se já não bastasse o conto que dá nome ao livro ser contado dentro de outra história, Amado ainda divide o romance de acordo com as Estações, dando uma carga poética ainda maior ao trágico casal. Lendo essa resenha, você deve estar imaginando que é um livro triste... Só que não! E também por uma escolha estilística, pois o autor quebra a quarta parede e conversa com o leitor, brinca com ele e deixa tudo mais leve. Afinal, é um livro para crianças, não é mesmo?

Fui tão sortuda por ter esses dois bibelôs que serviram direitinho para mostrar os dois lindos protagonistas da história
Talvez não só para crianças, como critica Tatiana Belinky. Esse é um livro para todos nós que queremos embarcar em um mundo de imaginações tão reais, dolorosamente, preconceituosamente reais, que chega a ser mais um ensaio do que um conto infantil. E o final, que não me agradou em nada, não poderia ser outro também... Um livro que nos encanta pela forma e nos faz chorar de amor não realizado pelo conteúdo.

E você já leu? O que achou do livro? 

Au revoir.
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Este é mais um capítulo que dedico à cidade que mais deixa o meu coração feliz nesse Brasil: Poços de Caldas, em Minas Gerais. Isso porque os livros daí de cima foram garimpados em um sebo que ficava pertinho (sério, era só andar alguns metros para frente) do hotel aonde nós nos hospedamos em dezembro do ano passado.

Cada vez mais percebo que o blog está falando bastante sobre livros, não é? Quando o criei, há três anos, não queria que ele se especializasse em um determinado assunto, pois acredito que fico mais contente ao ter o espírito livre para falar sobre as várias coisas que tocam meu coração de alguma forma. Na época, definitivamente queria evitar o assunto "livros", porque sabia que me empolgaria muito se começasse a fazer resenhas para cá e poderia deixar outros assuntos de lado. Mas, aí a ficha caiu: bom, se livros são a minha paixão desde que eu era pequenina, por que evita-los no meu espaço virtual? Claro que não faria mais isso! 

E espero que vocês também estejam gostando dos meus posts literários por aqui, hehe. Se quiserem acompanhar mais desse tipo de conteúdo, eu falo muito mais sobre livros no Instagram do blog, me segue por lá também: @bloglapetitesouris

Então, qual não foi minha alegria quando pude ir ao sebo para garimpar tesouros naquela viagem. Estava com a ideia fixa de comprar algum clássico da literatura em uma edição bastante antiga, com uma capa que se assemelhasse à couro e com letras douradas no título. Porém, explorando todos os ambientes do Sebo Travessa Cultural, encontrei uma parte em que tinha apenas livros em língua estrangeira e... Tchanam! Uma capa linda saltou aos meus olhos!


Fala sério, mes amis, como resistir a uma capa que tem elementos vintage, um título instigante e, ainda por cima, é de uma coleção de aventura/mistério? Peguei-o para levar para casa na hora. Ainda não o li, mas pelo que entendi da sinopse, Ruby conta a história de uma moça que recebe a carta de seu pai que pede para que ela o visite, pois ele está muito doente, e assim resolver os problemas da herança. Mais do que isso, não sei, porém quero muito entender o que acontece!

Como eu disse para vocês, esse é o primeiro volume de uma série e eu ia comprar os outros dois volumes, mas aí eu vi outra série que definitivamente roubou meu coração e me fez levar todos os volumes disponíveis no sebo. E a série é...


The Ingalls Family, escrita por Laura Ingalls! O sobrenome dessa família lhes parece familiar, meus amigos? Olha, se você já assistiu à série de TV chamada Os Pioneiros, com certeza vai reconhecer os protagonistas. Sim, essa é a série de livros que deu origem à série que fez tanto sucesso nos EUA e aqui no Brasil há muitos anos. Incrível, né? Quando eu comprei os livros, não sabia disso, mas ao pesquisar mais sobre os volumes, descobri e fiquei ainda mais contente por tê-los trazido para casa.

E para os mais novinhos que não conhecem a premissa da história, ela conta as aventuras diárias da família Ingalls, composta por pais e três filhas, e que se mudam para o interior dos EUA para construírem sua vida de forma mais estável nos primórdios dos EUA. Se você gosta de Anne de Green Gables, por exemplo, vai adorar ler as peripécias de Laura, a protagonista, pois a relação dela com as pessoas e com a natureza me fez lembrar muito da nossa querida Anne Shirley. Estou lendo o primeiro volume que consegui, esse azulzinho da foto, e já estou na metade, quase devorando os capítulos, haha. Em breve, resenha!

Bom, eu quis compartilhar minha ida ao Sebo Travessa Cultural com vocês, pois foi um dia que me deixou muito feliz e acho que é uma excelente dica de passeio para você que mora mais perto da linda Poços de Caldas. O endereço para que vocês consigam chegar lá direitinho (e sem precisar do Google Mapas) é: rua Pernambuco, 439 - Poços de Caldas, MG.

Além de ter uma coleção literária ampla, o ambiente também é lindo, pois o sebo fica dentro de uma parte de um hotel antigo da cidade. Então, dá para ver as estruturas de madeira, o chão é lindo e todas as paredes são cobertas por estantes rústicas que me fizeram olhar para cima e para baixo efusivamente, pois tentava guardar tudo em minha mente.

E por hoje é só, mes amis. 

Vocês conhecem algum desses livros? Ou o Sebo?

Au revoir.

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Anastácia carrega na pele as marcas deixadas por um casamento odioso. Em sua última noite como uma mulher livre, ela perdeu o controle do seu futuro e acabou presa no famoso hospício para alienados do Rio de Janeiro. Mas agora, três anos após sua internação, Anastácia precisará enfrentar o passado e descobrir como recomeçar. Quem ela escolherá ser longe do peso do título de Condessa De Vienne? Benício de Sá é conhecido como o Bastardo do Café. Lutando diariamente contra a opressão do pai – um dos mais poderosos cafeicultores do Brasil – ele encontrou na construção civil a oportunidade perfeita de mudar seu futuro e deixar uma marca no mundo. Contudo, enquanto a Empreiteira de Sá conquista o cenário carioca, Benício continua preso ao passado e às marcas que carrega na alma. Será que um dia ele conseguirá libertar-se por inteiro das garras do seu pai? Anastácia e Benício se conhecem em meio à ruína, mas é durante a esperança de um novo começo que eles se reencontram. Agora resta saber se estão prontos para recomeçar.

Romance de Época // 400 páginas // Essência // nota: 10/5 <3

Bonjour, mes amis! Ça va? Como vocês estão hoje?

Ai... Se eu falar demais desse livro, eu choro. Choro de gratidão, amor e felicidade por ter podido ler uma história tão inspiradora para mim. Uma história que me fez ter mais confiança em mim mesma, que me emocionou aos borbotões, me fez ter esperança em meu futuro e muita coragem para ir a luta dos meus desejos.

Em Livre para Recomeçar, acompanhamos a história de Anastácia e Benicio. Ela sofreu com violência doméstica, foi posta em um Hospício do Rio de Janeiro pelo marido e se redescobre como mulher após a morte dele. Ele é filho bastardo de um dos barões mais conceituados do Rio, mas quer seguir a vida com sua construtora longe do passado sangrento do pai. E os dois se reencontram em um ambiente de recomeços e esperança. 


Mas, esse livro traz muito mais do que a história de amor desses dois personagens tão fortes. Ele traz coadjuvantes tão incríveis quanto! Meu destaque vai para as frases da irmã Dulce, sempre reconfortantes e muito divertidas. Ah, e o romance de Avril e Samuel? Inspiração em Carinha de Anjo quem fala? Uma história de amor tão inusitada e real quanto essa, aqueceu o coração de muitos leitores, assim como o meu.

E como a escrita da Paola evoluiu desde Volte para Mim! Eu que amo história, fiquei muito feliz por aprender tanto sobre o Rio e sobre a França. Principalmente, em relação às construções e sobre o sistema legal, tudo era novo e me estimulou a pesquisar mais. Além disso, a forma como ela dava lições de vida nos fins de capítulo foi muito importante para mim. Um romance com muita estrutura, acho que isso resume Livre para Recomeçar!


A estrutura narrativa é muito semelhante a uma boa novela, e seria incrível se o livro fosse transformada em uma. Isso porque ele também traz mistério e um vilão horrível, tão diferente dos meus queridinhos, e que só me deixou com muita raiva. Mas, preciso elogiar a construção dele, tão complexo e surpreendente.

Por fim, quero destacar o empoderamento feminino que jorra do livro! Mulheres fortes e corajosas, mulheres que apoiam as outras e não julgam, como todas nós deveríamos ser. Outro ponto importantíssimo da obra é o peso histórico justo que a Paola deu para acontecimentos vergonhosos do Brasil, como é o caso da escravidão. Mais do que apenas colocar as manchas horríveis desse período no cenário de sua narrativa, ela trouxe personagens como Darcília e Samuel, ambos com passados dolorosos, mas que mostraram a força do recomeçar e da coragem para enfrentar o preconceito tolo da sociedade da época.

Por isso, Livre para Recomeçar é um livro mais de 5 estrelas. Foi um livro que se tornou o meu favorito da vida toda! E o lilás, cor que voltou a colorir meu coração, tornou-se a cor do meu ano também para sempre me lembrar de que sou forte, sou inteligente, gentil e esperançosa para conquistar tudo aquilo que o meu coração desejar.


E você já leu? Gostou? 

Au revoir.
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Sobre Mim

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Bonjour, meu nome é Bruna. Sou uma ratinha de biblioteca, adoro fotografar a natureza, andar por ruas desconhecidas e escrever tudo o que me vem a cabeça. Obrigada por visitar o meu jardim. Abra seus olhos e amplie sua imaginação. Talvez você precise bastante por aqui.

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