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La Petite Souris

Bonjour! Há uns dias, eu estava adicionando informações ao meu Facebook, quando me deparei com a caixa de descrições. Decidi escrever o que a Bruna era e formei um texto tão grande que decidi transportá-lo ao La Petite Souris, o meu blog querido, transformando-o em um capítulo.

Essa é a Bruna Diseró, a escritora ratinha.
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The Garden Party A collection of quality greetings cards, about 6" x 4" in size, supplied with envelopes, with the inside blank for your own message. Free Shipping offered if bought by its self.:
Two Bad Mice
Bruna, bruma, luna, runa em um livro de sonhos.

Bruna sensível, delicada, que vê beleza em coisas simples como em um velhinho contador de histórias ou em mercadinhos do interior.

Bruna que adora rock, indie, folk, um cantor pop que arrasa no falsete e que chora apenas com as músicas do David Bowie.

Bruna que fotografa flores em suas próprias cores sem edições. Bruna que sonha em ter um jardim e fazer festas do chá nas tardes de primavera que possuírem clima ameno.

Bruna que adora vilões, anti-heróis, pessoas malvadas nas histórias fictícias do cinema e da literatura. Mas, que não consegue ler sempre livros pesados e busca por Anne de Green Gables traduzido para o português.

Bruna que escreve contos com protagonistas mais desorientados do que os leitores que os leem pela primeira vez. Bruna que escreve redações parnasianas, pois não consegue construir frases gramaticalmente incorretas e com palavras repetidas.

Bruna que se engasga de rir com as piadas corporais do Jim Carrey, porém, sente vergonha alheia com o stand-up atual.

Bruna que possui a maior parte de sua estante formada por aventura/policial e os adora, mas está enfastiada com a Jornada do Herói tão presente.

Bruna que prefere Eddie Redmayne ao Ezra Miller. Bruna que defende com unhas e dentes a monocromática atuação do Johnny Depp e não entende o porquê da maioria gostar mais do Capitão América em Guerra Civil (ou finge não entender).

Bruna que gosta de ir ao campo, mas também ama ir à praia. Bruna que sonha em viver no interior de São Paulo ou da Inglaterra. Pois decorou os nomes de todos os reis e rainhas das Ilhas Britânicas e sabe que esse paragrafo está meio errado, já que a Irlanda não é regida por Elizabeth II.

Bruna que suspira pelos vestidos da Antix e pelas sapatilhas da Tutu.

Bruna pisciana, vitoriana e que ama ilustrações com tema florestal.

Bruna, bruma, luna, runa em um livro de sonhos.
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Aaptado para a TV e cinema, O Jardim Secreto vendeu milhões de exemplares por todo o mundo desde sua primeira edição em 1911. Considerado um dos mais importantes livros infantojuvenis do século XX pela National Education Association, a obra está entre os 100 livros mais indicados por
professores em língua inglesa. O Jardim Secreto conta
a história de Mary Lennox, uma menina mimada e arrogante. A típica criança que provavelmente você não convidaria para a sua festa de aniversário ou não sentaria ao lado dela na sala de aula. Depois de perder os seus pais ainda muito nova, ela é enviada à Inglaterra para viver com seu tio. Mal sabe que essa mudança irá transformar a ela e todos a sua volta por completo. O Jardim Secreto é um livro maravilhoso sobre amizade, afeto, cura e transformação. Mágico e envolvente. Uma leitura carregada de lições que guardaremos por toda a vida. Um livro que une gerações. Desvende com Mary e seus amigos o mistério desse Jardim.




Infanto-juvenil// 272 páginas// Editora 34// Classificação: 5/5


Bonjour, mes amis!

Essa é a primeira resenha que eu faço para o blog e creio que não poderia começar melhor, pois falarei o que eu senti ao ler o maravilhoso (e eternamente recomendado aos jovens nas escolas) O Jardim Secreto da escritora britânica Frances Hodgson Burnett.

Há muito tempo eu procurava ler livros com mensagens positivas, do bem mesmo. Essa vontade se iniciou após eu ler Uma Constelação de Fenômenos Vitais, de Anthony Marra, e se estendeu ao longo da minha releitura de Pollyanna, de Eleanor H. Porter, porque, apesar de eu ler muito (mesmo), os meus livros circulavam no arco aventura/policial  e eu estava me cansando um pouco da marcada Jornada do Herói que esses livros possuíam. Então, eu pesquisei por livros diferentes e encontrei os que falei acima, o que me deixou muito contente e motivada para compra-los.

No caso de O Jardim Secreto, eu o descobri na internet por meio dos blogs (que também me inspiraram a criar o La Petite Souris) e adorei a sua conexão com o ambiente florido dos jardins que tanto amo e o mote de regeneração do livro. Não via a hora de tê-lo em mãos! Fui com a minha mãe ao shopping e perguntei se na livraria havia a obra tão desejada, conquistando-a quando o moço disse: OLHA! Tem essa versão do livro que é um pouco mais barata, você quer?

A minha primeira impressão foi de encantamento pela estética do livro: as ilustrações de Tasha Tudor são lindas! O seu traço vaporizado combina com a aura mágica do universo particular do livro, mimetizando o ar das charnecas inglesas em que a mansão se localiza. Os desenhos do pisco ficaram muito fofinhos e eu consegui notar a diferença entre a Mary do início para a do fim apenas pelo modo do desenho que mrs. Tudor fez.


Sobre a história, eu gostei muito de como mrs. Burnett desenvolveu a personagem da Mary Lennox, pois fica claro que o seu caráter deriva da maneira indiferente a que os seus pais a tratavam, porém ela é uma criança e tem toda a chance de se tornar uma boa pessoa, independente de seu jeitos iniciais. A senhorita Mary ganhou a minha empatia e eu torci por ela em todos os momentos do livro, desde ela ser vista como uma boa menina pela mãe do Dickon até ela mudar a arrogância de seu primo, Colin. Ela é uma boa heroína, típica dos livros escritos nessa época, não ficando atrás da eterna Pollyanna e da um pouco menos conhecida Heidi, personagem de Johanna Spyri.

O meu personagem favorito é o Dickon, com toda a certeza, pois gosto da sua bondade e carinho para com a natureza, um carinho orgânico e visceral, algo difícil de encontrarmos hoje em dia, mesmo entre aqueles que defendem as causas ambientais.



E o Jardim? Podemos defini-lo como um personagem principal ao lado de Mary, já que sinto-o como um organismo vivo no espaço-tempo do livro, algo parecido com O Cortiço de Aluisio Azevedo e a Terra do Nunca de Gail Carson Levine. Ele se regenera juntamente com miss Lennox, posso até dizer que o Jardim nada mais é do que a representação do coração/alma de Mary: no inicio, havia rosas bonitas, porém selvagens, e que foram podadas aos poucos. Ainda foram introduzidas novas flores, a gentileza, o reconhecimento do próximo e a gratidão. No fim, ambos vistosos, vivos, saudáveis e aconchegantes. O ar da charneca restaurou aos dois.

Sobre o filme, feito em 1993, eu o assisti pelo Netflix logo quando o baixei em casa. Apesar de o roteiro possuir pontos diferentes ao livro, recomendo o filme sim, pois ele é bom, não como adaptação, mas como filme. A atuação das personagens, o cenário, a participação da (diva, chuchu, maravilhosa) Maggie Smith dá um toque tão inglês ao longa-metragem e isso foi um ponto muito bom,  que vale a pena assisti-lo. A animação, não. Ela é bonitinha, mas, não gostei muito...


Enfim, O Jardim Secreto é um livro genuíno! Ele é delicado, sensível e nos faz repensar sobre o modo como julgamos o comportamento das pessoas antes de as criticar por isso. Também nos faz crer em um mundo melhor, pois todas as pessoas, com força e amor, podem mudar para o bem. Agora entendo o porquê de ele ser recomendado sempre às crianças em início de formação de caráter, porém, acho que todos devem lê-lo sem restrições. É um livro que dá quentinho no coração e só isso já vale muito.

Beijos açucarados.
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Salud, ça va?

Hoje, eu contarei um pouquinho do que achei do filme francês Bem-vindo a Marly-Gomont que encontrei no Netflix por acaso, após assistir ao Walt Antes do Mickey que já critiquei em outro capítulo do La Petite Souris.

Nunca antes eu havia visto um filme francês, o que é algo estranho aos cinéfilos que leem essas páginas amareladas de meu diário pessoal. Quando li a sinopse desse filme, não tive dúvidas de que gostaria muito de assisti-lo, pois ele reunia diversas coisas de que eu gosto: história pessoal, leveza e correlação histórica com o mundo real. O fato de ele ser europeu (sem ser inglês, que estou farta positivamente de assistir) foi um ponto extremamente positivo ao filme e logo pus no play para começar.

Retirada do Bing
Bem, diferente da maioria das pessoas, as quais os blogs eu li, eu gostei do filme. Ele se baseia em uma história real do doutor Seyolo Zantoko, congolês que foi estudar medicina na França e aceita o cargo de clínico geral de uma cidadezinha do interior da França, a qual ninguém gostaria de trabalhar nela, a fim de conseguir sua nacionalidade europeia e o direito de morar no continente sempre. Ele também leva a sua família, porém, não os avisa de que não morarão em Paris, como o esperado, mas sim em um local racista e inóspito aos seus novos e diferentes habitantes.

O filme em si é sobre como o doutor Zantoko deve conquistar a confiança dos franceses em sua profissão e retirar de suas cabeças o preconceito enraizado há décadas. A sua família também tem papel importante nesse processo, pois sofre junto com a desconfiança local. E é isso o que está errado no filme: os responsáveis pelo ódio e violência psicomoral não são a família Zantoko, mas sim os franceses provinciais! Não são eles que tem que mudar a visão deles, mas os próprios franceses é quem tem de se mudar, pois estão errados em seu modo de agir!

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Retirada do site Afro Style
Eu entendo e protesto contra esse aspecto passivo do filme em relação ao racismo na Europa dos anos 1960. Contudo, por ser um filme baseado em fatos reais contados pelo próprio filho de Seyolo, eu tenho um adendo a crítica feita acima: ok, eu não concordo de forma nenhuma com a leveza quase supérflua de Bem-vindo a Marly-Gomont. Mas, não sejamos anacrônicos em nosso modo de escrever, mes amis. Se o filme foi baseado em fatos reais, então ele retrata também a visão das pessoas da época acerca do combate ao racismo. Infelizmente, as pessoas achavam que eram os negros (os que sofriam) quem deveriam mudar a forma de pensar das outras pessoas e lutar para serem dignos da confiança (eu não acredito que isso já existiu um dia, meu Deus).

Graças, isso mudou com o tempo e as pessoas se conscientizaram da bobagem que pensavam no início do combate ao preconceito étnico, indo a luta por se valorizarem e não se subjugarem igual ao que faziam antes.

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Retirada do site Zoom Cinema
Contudo, em 1960, não se pensava assim. Portanto, não sejamos tão duros com o filme. Ele é sim pacífico de uma maneira errada e o seu objetivo, divertir e amenizar o cansaço diário, não é o que se espera hoje dos filmes com mote de combate ao racismo. Mas, o seu discurso se baseia no que aconteceu de verdade com Seyolo e sua família e esse pensamento era comum a época e por isso, foi refletido na sétima arte.

Eu creio que o ruim foi a ideia de se fazer o filme agora no período em que estamos em luta pela igualdade e paz real, sem atividades veladas e falsas esperanças. Mas, gostaria que vocês, mes amis, assistissem-no e tirassem suas próprias conclusões, porque é um filme polêmico que merece ser visto sim.

Beijos açucarados.
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Bonjour.

Uma vez, eu fui a casa da minha avó materna e, entre conversas e leituras, ela me disse que eu tinha uma alma antiga. Assim, sem precedentes e sem espera, ela me revelou que conseguia ver que eu tinha um espírito mais velho do que as demais pessoas que estavam lá.

Na época, eu tinha gostos diferentes dos que eu tenho hoje em dia: batia o pé pelo rock, queria que as pessoas entendessem que eu era muito mais do que uma menina fofa e me enchia de objetos geeks para disfarçar que o romantismo e a delicadeza faziam parte sim de mim. Quando ouvi que tinha uma alma antiga, fiquei com aquilo na minha cabeça e isso nunca mais saiu dela...

Ano passado, eu finalmente me entendi e construí a verdadeira Bruna, essa que está escrevendo para vocês agora. A Bruna recheada de coisas: romântica, delicada, sensível. Mas também amante de indie, dos filmes adolescentes dos anos 80 e que pode discursar sobre livros de aventura (novos e clássicos) por horas e horas. A minha alma antiga, de fato, faz parte de mim! Eu possuo gostos estranhos aos jovens de hoje em dia e me orgulho disso muito, muito mesmo :)

Então, nesse capítulo do La Petite Souris, eu decidi compartilhar com vocês, mes amis, as coisas consideradas de outra época que eu faço e gosto e pretendo trazer para minha vida inteira. São hábitos ou objetos diferentes a maioria das pessoas contemporâneas do século XXI, mas que me deixam contente sempre!

A foto acima foi tirada na Casa das Rosas em São Paulo. Eu me senti muito bem naquela construção do século XIX, algo me disse que eu já fiz parte dessa época e quando olhei para baixo e vi esses azulejos, ah, meu coração parou de alegria! Haha.

Dentre eles:
  • Cartas: eu adoro escrever e receber cartas das pessoas que eu amo. Em épocas especiais como o natal, aniversários e dia do amigo, eu preparo minhas canetas coloridas, o meu papel de carta, os envelopes e começo esse trabalho carinhoso que faço sempre. As cartas eram bastante comuns antes da invenção dos aparelhos eletrônicos de comunicação e o que mais me encanta nelas é a possibilidade de as guardar para ler em outro período de nossas vidas e recordar dos momentos especiais que vivemos.
  • Xícaras de chá: tudo bem, é algo que ainda existe. Porém, a correria diária não mais nos permite sentar e aproveitar uma bebida quentinha no inverno ou gelada no verão brasileiro (como o chá) e isso me incomoda muito.
  • Vestidos: aqueles compridos do século XIX e os marcados dos anos 1950 são os meus favoritos :3
  • Costura: para fazer as minhas próprias roupas. Eu ainda não sei costurar, mas é algo que pretendo começar a aprender em um tempo não muito distante. Também quero aprender a bordar.
  • Músicas do período da Grande Guerra: entre 1920 e 1950.
  • Etiqueta: por favor, eu não sou a maluca das boas maneiras! Só que eu gosto muito da educação que as pessoas tinham em uma época mais distante do que a nossa, o hábito de respeitar as outras pessoas independente de sua classe social (isso não exclui sobremaneira o preconceito que existia também) e ser polida com elas. Isso me encanta muito e pretendo me aprimorar mais e mais nesse quesito.
Bom, são essas as coisas que fazem parte da minha antiga alma. Poderia adentrar mais nelas em outros capítulos do blog se vocês quiserem, tudo bem?

Vocês possuem hábitos que não correspondem aos atuais? Se sim, comentem abaixo!

Beijos açucarados.
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Adoro essa rosa que encontrei na Casa das Rosas, Paulista :3 Ela me lembra de coisas contentes e me traz paz.

Salud, ça va?

O Jogo do Contente é uma atividade que conheci por meio dos livros de Mrs. Porter, Pollyanna e Pollyanna Moça, e consiste em descobrir a alegria em todas as situações de nossas vidas. Deixe-me explicar melhor: quando nós fazemos algo ou quando passamos por algo nem tudo é mote de alegria, não é? Porém, nos livros de Mrs. Porter, a sugestão é sermos otimistas e buscar algo bom em tudo aquilo que nos acontece!

Mas, isso não é fácil, ainda mais quando estamos tristes ou magoados. É nessas horas que procuro fazer algo que me deixa feliz, dessa maneira, os pensamentos de esforço para a atividade alegre ocupa a minha mente e eu nem me lembro daquilo que me fez mal (além de orar a Deus para tranquilizar o meu coração).

Hoje, eu listarei as coisas que me deixam contentes. Peço que você também me diga aquilo que o faz feliz, mon ami, pois eu estou muito interessada :)
  • Livros (gosto de livros com mensagens positivas como Pollyanna e A Princesinha, mas também gosto de livros de jardinagem, com ilustrações fofas, aventuras, clássicos, policiais, sobre mitologia e etc.)
  • Ouvir Mika
  • Assistir aos desenhos da minha infância (strange, but is true). Gosto de O Pequeno Urso, Shaun o carneiro, Gui e Estopa, Du Dudu e Edu, Johnny Bravo, Coragem, A Mansão Foster para amigos imaginários...
  • Fotografar a natureza, principalmente as flores.
  • Escrever no blog.
  • Passear no meu bairro.
  • Viajar.
  • Fazer brigadeiro e bolachinhas.
  • Visitar mercadinhos.
  • Assistir programas que comentam sobre a vida dos famosos.
  • Ler sobre a Inglaterra (e tentar memorizar a música do The Horrible Histories que lista todos os reis e rainhas que já a governaram).
  • Cantar descontroladamente Killer Queen da banda Queen e Come on Eileen da banda Dexys Midnight Runners.
Acho que é só isso! Bem, eu sou um tiquinho esquisita, mas é isso o que me define e tenho orgulho de todos os lados de mim mesma.

Ah, também quero deixar registrado que estou viciada em duas coisas nessa semana e que me fazem muito feliz: assistir a Peter Rabbit e ler o blog A Vida Escrita a Mão da Marcinha, uma brasileira que vive há tempos na Inglaterra e que possui uma filhinha fofa (a Miss S.), além de ter um jardim lindíssimo em sua casa em Yorkshire.

Bem, acho que é isso.

Beijos açucarados.
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Esse texto foi adaptado do site Ratoncito Pérez.
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Bonne Nuit, mes amis! Falo boa noite porque enquanto escrevo já são meia-noite e cinquenta da noite! Está quase de madrugada :) Além disso, ouço as músicas da Disney em uma adaptação para o piano e elas estão me relaxando bastante e me deixando contente também (se eu digitar algo errado, eu provavelmente relaxei demais, hehehe). Você gosta da Disney? Por falar nisso, eu tenho quase certeza de que antes desse capítulo sairá a minha resenha do filme Walt antes do Mickey aqui no blog, acho que o clima dos estúdios do Mickey estão rondando o meu quarto, haha.

Bem, mas mesmo que eu adore os filmes da Disney, mais ainda os seus desenhos animados antigos (tipo os dos anos 1930, 1940), o texto de hoje tratará de outro rato... Isso mesmo, o La Petite Souris!
A história do La Petite Souris também encontra nas fábulas francesas um companheiro, o que me deixa mais feliz e certa de que o nome do blog capta a minha essência verdadeira, o que é maravilhoso, porque o essencial é invisível aos olhos, não é mesmo? :)

Espero que gostem!
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Imagem retirada do blog La fianceé Beureesale
O La Petite Souris é um personagem de uma lenda muito popular entre as crianças. Quando uma criança perde o seu dente de leite, coloca-o debaixo de seu travesseiro e o La Petite Souris o troca por moedas ou um presente.

Essa tradição é praticamente universal: nos países de língua francesa "La Petite Souris", na Espanha "El Ratoncito Pérez", na Itália "Topolino" e nos países anglo-saxões este papel é encarnado pela "Fada dos Dentes".

Sua origem data do final do século XIX, e é obra do padre Luís Coloma (1851-1915), jesuíta membro da Academia Real Espanhola desde 1908. A rainha Dona Maria Cristina o encomendou a criação de um conto a fim de presentear seu filho, o futuro Alfonso XIII, por conta da queda de um dente em seus oito anos de idade (em 1894).

O ratinho, com um chapéu de palha, óculos de ouro, sapatos de pano e uma carteira vermelha colocada nas costas, vivia com sua família dentro de uma grande caixa de bolachas, no coração de Madri, apenas a cem metros do Palácio Real.

O pequeno roedor escapava frequentemente de seu domicílio e através dos canos da cidade chegava às habitações do pequeno rei Buby (que era como a rainha chamava o seu filho) e na de outras crianças mais pobres que haviam perdido algum dente.

O conto é um canto à fraternidade humana, descrito na maravilhosa viagem que o rei Buby inicia pela mão do pequeno Souris para conhecer como viviam os seus súditos. Nesta viagem, Buby aprenderá valores como a valentia, o cuidado de seus súditos e a generosidade.

Em sua extraordinária viagem, Buby descobriu que existiam muitas crianças diferentes, que passavam fome e frio, mas que também eram os seus irmãos porque todos eram filhos de Deus.
A primeira edição do conto data de 1902. Seu manuscrito se conserva, desde 1894, na biblioteca do Palácio Real.

Desde os tempos do padre Coloma, o personagem foi enriquecido com uma infinidade de relatos, contos e desenhos, nascidos de mais diversos artistas e escritores, que o tomam como base, recriam-no e acrescentam a ele sua magia e fantasia dos menores e, por que não, de todos os que se sentem crianças às vezes.

Outros pesquisadores afirmam que o conto tem origem em 1697, na França, por Madame d'Aulnoy que escreveu o conto La bonne Petite Souris, a história de uma fada que se transforma em um ratinho para ajudar uma rainha que foge do rei invasor. Nessa história, a fada/ratinho se esconde nos travesseiros do rei para o atormentar.
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Bem, independente da origem verdadeira, pois as duas são ricas e belas, o legado que La Petite Souris nos deixa é de que devemos ser gentis e solidários para com o próximo, assim como devemos ser corajosos para enfrentar as situações adversas em nossas vidas.

Você gostou da história?

Beijos açucarados <3
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Imagem do Bing
Bonjour, mes amis!

Eu fiquei tão contente quando, fuçando um pouco o Netflix, eu encontrei esse filme! Eu adoro filmes biográficos (por exemplo, o meu filme favorito de Tim Burton é Ed Wood) e então, pá, Walt antes do Mickey!

Esse filme foi baseado no livro de não-ficção de mesmo nome escrito por Walt Disney, dono do maior império relacionado à indústria de animação do mundo, e abrange o período da vida de Walt antes de criar o seu personagem mais famoso, o Mickey. Essa época vai de 1919 a 1928, tempo no qual o jovem Disney sai de sua fazenda no interior dos EUA, quando desenhava em porteiras com giz os animais da fazenda (deixando o seu pai furioso), até ter o insight de criar uma série animada cujo personagem principal era um ratinho de bom coração.

Assim, vemos o período mais difícil da carreira dele e percebemos que, mesmo para o maravilhoso Walt Disney, a vida não foi simples e que ele teve de batalhar muito para construir todo esse mundo de sonhos do qual adoramos.

Primeiro, Disney foi trabalhar em um estúdio de charges de uma cidade do interior dos EUA. Contudo, com a crise enfrentada pelo seu chefe, foi demitido e junto com um amigo, Ub Iwerks, criou os estúdios Laugh-O-Gram. Quando conseguiu algum dinheiro, contratou outros desenhistas do local por meio de jornais, dentre eles Hugh Harman e Rudy Ising que, posteriormente, criarão juntos os personagens da Looney Tunes.

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Imagem retirada do Uol
Porém, Disney era um sonhador e amava a sua arte acima dos negócios de sua empresa, por isso foi negligente com o dinheiro e acabou falindo. Dessa maneira, depois de passar por extremas necessidades, procurou o seu irmão, que era um excelente homem de negócios, criando os primórdios dos estúdios Disney atuais.

Infelizmente, a política de direitos autorais desse começo do cinema (na época, os desenhos animados eram transmitidos nos cinemas) eram frágeis e sempre favoreciam os distribuidores e não os artistas. Por isso, muitas das criações de Disney e seus amigos foram surrupiadas e o dinheiro repassado a eles era irrisório quando comparado àquilo que haviam gasto e que mereciam, portanto. Isso aconteceu com um famoso personagem da Disney, o seu maior sucesso antes do Mickey, o Coelho Oswaldo. Após perceber que estava sendo enganado, mesmo com a ajuda do irmão, Disney rompe com o
estúdio e cria o seu próprio, tendo sucesso com as animações de Mickey e companhia.

O que eu senti do filme é que ele conseguiu contar a história do maior gênio das animações de maneira fiel, mas sem cair na chatice. O filme é motivador, faz com que queiramos sair do sofá e ir realizar os nossos sonhos mais grandes e difíceis, pois nada é impossível se tivermos fé e alegria em nossa caminhada.
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Imagem retirada do Diário 24 Horas
Além disso, Walt antes do Mickey é engraçado, apesar de tratar de temas complexos como a falência, a traição e o desolamento. O roteiro trata desses assuntos de maneira apropriada, porém leve, mostrando que a vida tem sim os seus altos e baixos, mas que se tivermos fé e empenho, podemos conquistar o mundo!

O meu destaque vai para o modo como se fazia desenho animado no século XX, tão diferente do que os estúdios fazem atualmente. Ah, se você quiser ver algumas animações antigas da Disney ou mesmo os trabalhos da Laugh-O-Gram tem tudinho no YouTube. Os que eu mais gosto são a série de desenhos Silly Symphony e a Cinderella do Laugh-O-Gram (Alice também é muito divertido e mostra os próprios desenhistas que citei acima em uma mistura de desenho com Live Action).

Recomendo Walt antes do Mickey a todos que gostem do estúdio, de filmes biográficos e de filmes motivadores (sem ser chato)!

Se você já assistiu, me conte nos comentários o que achou.

Beijos açucarados :)
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Esse poema é do poeta espanhol Federico García Lorca e nos mostra a sua visão das borboletas que enxerga no ar.
Eu adoro borboletas! Além de serem o símbolo do renascimento e serem muito positivas para quem se encontra em um estado de espírito depressivo, pois mostra que podemos mudar sempre para o melhor quando quisermos, as borboletas são um dos insetos mais belos da natureza.
Suas asas coloridas são a graça de qualquer jardim e ajudam na propagação das flores, por meio da polinização. Ou seja, borboletas são maravilindas!
Espero que gostem do poema.

Borboleta
Borboleta do ar,
que linda é,
borboleta do ar,
dourada e verde.
Borbota do ar,
fique aí, aí, aí!..
Não quer parar,
parar não quer.
Borboleta do ar,
dourada e verde,
Luz de candil,
borboleta do ar,
fique aí, aí, aí!..
Fique aí!
Borboleta, estás aí?

O poema nos traz a dúvida da existência da borboleta, abrindo a possibilidade de ela ser imaginada e representar a inconstância da alma do eu lírico, que pede encarecidamente que a borboleta fique onde está, ou seja, que a sua esperança (cor verde) luminosa (cor dourada) de se melhorar como pessoa torne-se concreta.
Mas, é claro, essa é apenas a minha opinião. Você tem a sua? Adoraria lê-la!
Beijos açucarados.
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Sobre Mim

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Bonjour, meu nome é Bruna. Sou uma ratinha de biblioteca, adoro fotografar a natureza, andar por ruas desconhecidas e escrever tudo o que me vem a cabeça. Obrigada por visitar o meu jardim. Abra seus olhos e amplie sua imaginação. Talvez você precise bastante por aqui.

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    • ►  janeiro 2017 (7)

Disclaimer

A ilustração do cabeçalho deste blog pertence à ilustradora Penny Black e foi usada para fins puramente estéticos.
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