Hoje o mundo acordou mais colorido. É comemorado, no mundo todo, o Dia Mundial do Livro!
Ler é uma das minhas grandes paixões. Desde que eu era pequenina, uma ratinha para os meus pais, eu leio vorazmente livro atrás de livro. Leio em casa, leio na rua, leio durante depois das aulas chatas da faculdade... Os livros são objetos que me definem como pessoa e eu tenho muito orgulho disso.
Eu comecei a ler com quatro anos. Minha mãe me ensinou a ler logo aos três para que eu tivesse alguma diversão enquanto ela fazia as tarefas de casa, pois ela já havia percebido o meu interesse por histórias contadas. Depois que aprendi (nem me lembro como foi o processo de alfabetização, para mim, eu nasci sabendo ler), nunca mais parei.
Eu tive, como todo bom leitor, fases literárias. Primeiro, eu adorava os clássicos da literatura em adaptações infantis. Nessa época, meu livro favorito era O Médico e o Monstro e Romeu e Julieta, apesar de nunca tê-los lido na íntegra, verdadeiramente. Eu era uma coisa fofa, haha.
Depois, meu gosto literário se afunilou para o gênero de aventura. Eu li tantos e tantos livros desse gênero que virei especialista em Jornada do Herói e como as estruturas das narrativas infanto-juvenis de aventura se formam ao longo dos capítulos. Foi uma época áurea em que li e me apaixonei por Percy Jackson, Harry Potter, Mariah Mundi e tantos outros heróis e heroínas que me fizeram voar pelo mundo da imaginação todos os dias.
Depois, eu cresci e comecei a prestar mais atenção nas mensagens que o livro passava, mas também comecei a procurar livros bonitos, comprando-os pela capa! Nunca pensei que faria isso um dia, mas fiz assim que ganhei minha estante lindinha e precisava deixar meu quarto bonito também.
Mas, os livros bonitos carregam boas histórias, não é?
Sim. E o exemplo de cima é o melhor que eu tenho em minha estante para confirmar minha hipótese. Uma Constelação de Fenômenos Vitais foi o livro que me transformou como leitora depois de 16 anos. Sua narrativa, sua construção, seu tema, seus personagens. Esse livro me amadureceu e serei eternamente grata ao meu colega de profissão, Anthony Marra, por ter colocado essa obra no mundo.
Quais são as coisas pelas quais sou grata à literatura?
São tantos os agradecimentos... Sou grata por ela ter me moldado uma Bruna íntegra, curiosa e empática. Porque ao ler, nós conhecemos pessoas que talvez nunca tivéssemos a oportunidade de conversar no mundo real.
Sou grata por tantos lugares, reais ou não, que eu tive a chance de visitar pelas páginas de papel pólen de um livro. Páginas emboloradas, cheias de ácaro; páginas novinhas, cheirando ao paraíso. A cada parágrafo pude adentrar em universos maravilhosos por sua beleza ou tenebrosidade, por seu amor e por sua loucura, por sua eternidade.
Sou grata por todas as lições que os livros me deram que, como já citei, me moldaram como a mulher que sou hoje. Se hoje eu sou grata, devo isso a Pollyanna. Se hoje eu sou curiosa, devo isso a Prilla do universo faérico da Disney. Se hoje eu conheço tantas palavras diferentes e as uso corriqueiramente, devo isso a todos os livros que eram complexos para a minha idade e que tive a coragem de abrir e ler.
Sou eternamente grata aos livros por terem ampliado a minha visão de mundo. Por eu olhar o ambiente a minha volta e as pessoas que estão dentro dele de outra forma, mais empática, mais compreensiva.
E essa gratidão vai toda para as duas histórias que fizeram com que eu me interessasse ainda mais por esse universo e buscasse sua imensidão.
E você, mon ami, também ama os livros assim como eu?
Qual é o seu livro favorito?