One page story challenge: to change someone's mind

by - junho 03, 2020


Esse é um capítulo que surge em uma excelente hora aqui no blog. Nas redes sociais do la petite souris, principalmente no Instagram, eu trouxe alguns posts mais políticos e que se alinham a minha percepção de mundo como cidadã. Mas, também, que falam diretamente com assuntos muito trabalhados em meu cantinho como empatia, união, gentileza e bondade.

Recentemente, um cidadão negro estadunidense foi morto por policiais brancos, asfixiado. Mesmo após súplicas desesperadas dele dizendo "não posso respirar", os policiais não atenderam ao pedido e continuaram a violentá-lo até a morte, pressionando seu pescoço contra o chão. Este ato bárbaro e desumano está repercutindo em ondas de protestos pelo mundo, não só pessoalmente em passeatas, como também no universo digital. Foi nesse canal que eu decidi me posicionar como pessoa física e posicionar o blog também contra atos racistas e fascistas que vem assolando o mundo.

Nesse processo, o blog perdeu seguidores no Instagram. Contudo, isso não importa de maneira nenhuma para mim e só quis deixar registrado aqui como uma forma de contar a história do blog em um futuro próximo, uma forma de catalogação dos acontecimentos do meu jardim secreto. As pessoas que deixaram de segui-lo por lá não estão alinhadas com minhas convicções e sou grata por não tê-las mais comigo.

Por isso, quando vi que o próximo desafio da tag seria para "mudar o pensamento de alguém", fiquei muito contente. Ele é tudo o que eu precisava nesse momento para fincar as minhas opiniões no blog e para ajudar na conscientização de mais pessoas que o visitam. Vem comigo nessa jornada?

Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista.
A luta do meu irmão é a minha luta também.
É a luta por um mundo justo em sua plena justiça.
É a busca pela verdadeira empatia, que vê o outro como igual em sua dissemelhança.
É a reformulação de uma visão carregada pelo mal da cultura em que fomos inseridos ao nascer.
É a consciência dos privilégios que, naturalmente, vamos ter.
Não basta não ser machista, é preciso ser antimachista.
A luta da minha irmã é a minha luta também.
É a luta por um mundo noturno que pode ser habitado por todos sem medo.
É a busca por igualdade de salários e de relacionamentos na esfera trabalhista.
É a reformulação dos olhares enviesados e dos comentários em baixo tom sobre o comprimento das roupas.
É a consciência de que a Biologia também foi infectada pelo vírus secular do patriarcado.
Não basta não ser homofóbico, é preciso ser antihomofóbico.
A luta dos meus irmxs é a minha luta também.
É a luta por um mundo plural em sua plena pluralidade.
É a busca por gêneros e sexualidades livres, sem julgamento.
É a reformulação de uma visão que não vê o amor verdadeiro.
É a consciência do nosso lugar.
Não basta não ser preconceituoso, é preciso ser antipreconceito.
É preciso dar voz e ouvir.
É preciso fortalecer e se sentir fortalecido.
É preciso sorrir por mais tempo do que se chorou.

Esse é um pequeno poema que fiz como um fluxo de consciência. Espero que tenham gostado.
Fiquem fortes e sejam corajosos. Au revoir.

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2 comentários

  1. Bru, como sempre escrevendo bem! Lindo poema e posicionamento.

    Abraços, Carla!

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    Respostas
    1. Bonjour, miss Carlota. Ça va?

      Muito obrigada pela visita e pelo comentário!

      Beijos açucarados e au revoir

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