Resenha: Duendes, gigantes e outros seres fantásticos, Joseph Jacobs
Duendes, quem nunca ouviu falar? Estes seres fantásticos, que fazem parte de diversas mitologias e folclores populares também fazem parte da cultura popular celta. Nesta coletânea, os contos selecionados abordam como essas criaturas do mundo irreal são contadas nas narrativas dessa cultura milenar. Ao longo do tempo essas histórias geram fascínio, diversão e proporcionam conhecimento sobre uma cultura tão peculiar. A narrativa possui uma linguagem leve e envolvente para todos os públicos.
Mitologia // 130 páginas // Martin Claret // Classificação: 4/5
Mais um livro sobre Mitologia que eu resenho aqui no blog! Porém, dessa vez, o livro não é sobre as Mitologias das civilizações da Antiguidade. Na verdade, ele é um livro sobre um tipo de Mitologia que conhecemos por outro nome aqui: os contos de fadas.
Duendes, Gigantes e outros seres fantásticos é um livro que conheci fuçando as novidades que a Feira de Livros da USP havia trazido no ano passado. Antes disso, eu não sabia que havia um livro inteirinho que falava sobre esses seres mitológicos de que eu gosto tanto. Comprei-o achando que ele seria mais técnico, ou seja, que ele me daria fichas com os dados principais dos seres que compõe a mitologia celta. Porém, quando eu comecei a ler, percebi que não era nada disso.
O livro é uma coletânea dos contos celtas principais. Alguns são mais curtos e dá para ler em uma sentada. Mas, outros são longos e a leitura fica semelhante a de um romance inteiro. Isso é bom, pois dá a leitura um ritmo mais fluido e dinâmico, muito por causa também de esses contos serem construídos de forma épica e aventureira.
Entretanto, devo confessar que não gostei de alguns dos contos da coletânea. Acho que foram dois no total. Um deles é muito confuso, eu tive dificuldade em entender a narrativa e o que aconteceu no final. Já o outro, eu achei interessante, mas um pouco grosseiro e agressivo. Ressalto, porém, que isso não é culpa nem do autor, Joseph Jacobs, e muito menos da editora Martin Claret.
Os contos apresentados são originais, ou seja, foram feitos da forma como foram publicados. O problema reside nos contadores de história celtas mesmo, na forma como eles estruturavam suas narrativas (o que faz com que o primeiro problema seja compreensível) e em sua cultura, tão diferente da nossa que é baseada no judaísmo/cristianismo (resolvendo o segundo problema).
Tirando esse choque cultural que eu tive no começo, o que foi algo bem esquisito para mim, uma fã das Mitologias de todos os lugares, o livro me proporcionou momentos muito divertidos e de tirar o fôlego. As aventuras desse povo são épicas, ao mesmo tempo em que são cheias de magia, e mesmo assim, com um toque de verossimilhança muito acentuado. Os contos já partem do princípio de que temos alguma construção imaginária dos seres mitológicos e apresenta-os para nós como personagens que só bagunçam a vida dos pobres celtas contemporâneos a eles.
Tirando esse choque cultural que eu tive no começo, o que foi algo bem esquisito para mim, uma fã das Mitologias de todos os lugares, o livro me proporcionou momentos muito divertidos e de tirar o fôlego. As aventuras desse povo são épicas, ao mesmo tempo em que são cheias de magia, e mesmo assim, com um toque de verossimilhança muito acentuado. Os contos já partem do princípio de que temos alguma construção imaginária dos seres mitológicos e apresenta-os para nós como personagens que só bagunçam a vida dos pobres celtas contemporâneos a eles.
Ao final, tive a sensação de que havia amadurecido um pouco. Não porque eu parei de acreditar em Magia! Mas, porque eu percebi que os seres mitológicos que conhecemos logo na primeira infância (duendes, fadas, goblins) são muito mais complexos do que nos é apresentado. Os duendes desse livro não são tão bonzinhos assim!
E você, já leu Duendes, Gigantes e outros seres fantásticos? O que achou do livro?
Beijos açucarados.
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