sob o luar

by - fevereiro 23, 2022

 Amava a lua solitária / que aparecia no céu escuro de verão./Embaixo da tenda de lona barata,/ouvindo o chiado de uma remota transmissão,/olhava o céu e imaginava que as estrelas eram cardumes/e o céu, tão denso quanto o profundo oceano./Não sabia sobre o espaço e nem sobre os outros planetas/e os satélites; estes, sim, tão pavorosos quanto os navios naufragados./Também não sabia que as estrelas que ele via nunca poderiam ser como peixes,/talvez como iguanas, pinguins e humanos, talvez;/pois esses não têm guelras e se afogam na selva líquida/e as estrelas, como Inês, no vácuo espacial também são rainhas mortas./Mas, do céu noturno, que raios queria aprender?/Conhecimento é para ambientes fechados, o céu, queria apenas contemplar./Amava a deusa virginal e guerreira por entre vinhos e poesia/numa noite de domingo.

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