One page story challenge: to show a family member the opportunities around them
Esse texto foi baseado em uma música que conheci recentemente. Ela chama "The Joke" e foi composta por Brandi Carlile.
Espero que vocês gostem.
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Olá, pequenino. O que você olha com tanto medo?
A vida é assim. São vaga-lumes que piscam aqui e lá, depois de um crepúsculo assustador. Eles iluminam um tantinho assim ao redor deles mesmos, sua luz é fugaz. Mas, mesmo assim, eles não desistem e sempre estarão lá por você. Lembre-se sempre disso, está bem?
Olá, pequenina. O que você olha com tanto deslumbramento?
O mundo deles é assim mesmo. Só deles.
Seus joelhos ralados nunca serão o suficiente para eles. Sua bagagem nunca estará completa para eles. Se você pegar minhocas com as mãos, falar sobre rebimbocas da parafuseta, pintar um bigode com tinta guache no rosto... Nada disso será suficiente para eles.
Você nunca será um deles. E está tudo bem. O importante é você ser suficiente para si mesma, está bem?
Pequenino, está tudo bem chorar. Os seus sentimentos são lindos. Eles flutuam como penas de gansos selvagens na imensidão do lago, uma visão belíssima para todos os animais da floresta. Um quadro de museu.
E se você cair, levante com orgulho e humildade. Você não é invencível. Mas, também é eterno em suas atitudes de bem e em seus sorrisos gentis. A dualidade de suas ações moldarão quem você será no futuro: escolha bem.
Pequenina, está tudo bem falar. Suas palavras importam. Elas são como tijolos de mármore que fabricam um monumento eterno e estável a que todos admirarão quando passar por elas. Uma picareta nunca as derrubará se elas forem verdadeiras. Tenha coragem.
E se você obtiver sucesso, sorria com orgulho e humildade. Você também pode ser um dos herois de máscara e capa que povoam os quadrinhos do seu irmão. Para isso, lembre-se de dizer o que pensa e mostrar o seu valor (não precisa prová-lo se não quiser. O seu irmão não precisa, você também não).
Pequenina e pequenino, olhem um para o outro.
O que os fazem semelhantes é maior do que o que os distancia?
Se ele pode desbravar os cenários noturnos, uma figura antropomorfizada de um gato (Cats?), ela pode o quê?
Se ela pode falar aos quatro ventos como se sente, uma explosão colorida em arco-íris, ele pode o quê?
Eles podem tudo? E juntos, podem conquistar o mundo?
Serão eles a união de tudo? A salvação do mundo?
Pequenina e pequenino, olhem um para o outro com atenção, empatia e respeito. Pequenino, permita que ela faça as coisas que você faz sem desigualdade. Pequenina, permita que ele tenha os seus sentimentos ouvidos com carinho e sem ressentimentos prévios.
* Eu gostaria de ter tido tudo isso para a Bruna de dez anos. Espero que esse texto seja útil para os pequeninos e pequeninas que me leem um dia.
Au revoir.
2 comentários
Eu posso não ser pequena mas achei esse texto muito bonito :)
ResponderExcluirNunca tive palavras floridas mas também nunca deixei de ter pessoas que me motivassem, meu pai sempre me disse coisinhas assim mas do jeito dele e, de alguma maneira eu encontrei o meu próprio carinho dentro de mim - a música é realmente bonita!
Beijos, Snow!
Bonjour, miss Snow. Ça va?
ExcluirFico contente por você ter conseguido encontrar um lugar aconchegante aonde se aportar. Sempre precisaremos disso, mesmo que não saibamos às vezes, não é mesmo? E acredito que os amigos é um dos porto-seguros mais felizes em tempos difíceis... Apesar de nos conhecermos apenas via online, desejo que saiba que estarei sempre aqui para você se quiser. Afinal, amizades entre blogueiras sempre transcendem a Internet, não é? Hahaha.
Beijos açucarados e au revoir.