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La Petite Souris


Obra-prima de Robert W. Chambers, O Rei de Amarelo é uma coletânea de contos de terror fantástico publicada originalmente em 1895 e considerada um marco do gênero. Influenciou diversas gerações de escritores, de H. P. Lovecraft a Neil Gaiman, Stephen King e, mais recentemente, o escritor, produtor e roteirista Nic Pizzolatto, criador da série investigativa True Detective, exibida pela HBO, cujo mistério central faz referência ao obscuro Rei de Amarelo.
O título da coletânea faz alusão a um livro dentro do livro — mais precisamente, a uma peça teatral fictícia — e a seu personagem central, uma figura sobrenatural cuja existência extrapola as páginas. A peça “O Rei de Amarelo” é mencionada em quatro dos contos, mas pouco se conhece de seu conteúdo. É certo apenas que o texto, em dois atos, leva o leitor à loucura, condenando sua alma à perdição. Um risco a que alguns aceitam se submeter, dado o caráter único da obra, um misto irresistível de beleza e decadência.

Fantasia // 256 páginas // Intrínseca // Classificação: 4/5

Um livro que eu queria tanto, mas tanto, que acabei ganhando de uma colega no amigo secreto do meu último ano de Ensino Médio... O Rei de Amarelo foi um livro que eu descobri depois de ler várias resenhas em um blog e me apaixonei pela ideia desde o primeiro momento.

Afinal, existe coisa mais interessante do que o mistério por trás de um objeto aparentemente inofensivo? Pensa assim: você vai a uma biblioteca e se apaixona por um livro pela capa. Mas, assim que você começa a lê-lo, percebe que as palavras te envolvem de um jeito estranho, sedutor e quase obsessivo, levando sua mente a loucura. Doido, né? E é exatamente por isso que os personagens dos contos que constroem O Rei de Amarelo passam.


Ao longo do livro, dentro das múltiplas narrativas que Chambers nos oferece pelos capítulos, sabemos que as personagens fazem parte de um universo em comum e que, nesse universo, existe um livro-peça cujo título também é O Rei de Amarelo. Esse livro foi proibido por ter causado problemas graves nas pessoas que o leram, mas ele continua a ser compartilhado ou vendido no mercado ilegal para aqueles que quiserem lê-lo. Em alguns momentos, ele aparece do nada para a personagem, do nada, de forma tão misteriosa quanto o conteúdo de suas páginas amareladas.

E, assim que as personagens tomam contato com essa peça, coisas estranhas começam a acontecer com elas. Vemos, em todos os contos, pessoas enlouquecendo de formas diferentes, cometendo atos inimagináveis e se definhando aos poucos. O pior é que eles não percebem que o causador disso tudo é O Rei de Amarelo. Só nós, leitores, que já estamos de sobreaviso, percebemos o quanto a história fantasiosa do livro é prejudicial para todos.


O mais interessante da obra de Chambers é, com certeza, o universo particular que ele constrói dentro do que seria a realidade para nós. A forma como ele constrói o livro dentro do livro é espetacular. Por muitos momentos, eu fiquei pensando se realmente nunca existiu O Rei de Amarelo no nosso universo real. Inclusive, eu pesquisei na Internet logo que terminei o livro para saber mais sobre isso. E spoiler: não, esse livro não existiu, haha.

Como sempre, eu gostei mais de alguns contos do que de outros. Os meus favoritos são: O Emblema Amarelo e A Máscara. Esses são contos que possuem um aprofundamento psicológico mais bem trabalhado, as personagens não se perderam ao longo da narrativa (como aconteceu em um ou outro conto) e os finais foram muito bem pensados. Aliás, minha principal crítica é que alguns contos não foram tão instigantes. Alguns são bem chatinhos e me decepcionaram bastante, mas, resisti, terminei de ler e parti para a próxima! 

De tudo o que existe nesse livro, a minha parte favorita é a edição linda que a Intrínseca produziu. A textura da capa é muito diferente das comuns. Ela é mais resistente e seca, parecendo emborrachada, mas não sendo, sabe? Outra coisa que eu achei lindinha foi que os nomes dos capítulos e do livro ficavam na lateral das páginas, e não em cima como é comum, sendo possível consultar o capítulo sem precisar abrir o livro. Nota 10 para você, Intrínseca!


No geral, eu fiquei bem feliz com a leitura. Confesso que ela ficou um pouco abaixo da minha expectativa, mas é um livro que sempre levarei em meu coração.


E você, já leu O Rei de Amarelo? O que achou do livro? Deixe sua opinião nos comentários, por favor!

Au revoir.
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Sabe o que você sente quando se sente bem? Eu estou me sentindo assim agora. Hoje, eu me sinto bem. Isso não é bom? Não é ótimo, perfeito, maravilhoso? É sim. É. É maravilhoso. Quer saber o motivo de eu esta me sentindo tão bem hoje? 

Hoje comecei o dia com minha rotina matinal. Acordei, virei para o lado, peguei o celular e fui ver o que meus amigos haviam colocado nas redes sociais. Um amigo da época do colégio postou uma foto de uma viagem que ele fez no mês passado para uma ilha do Pacífico. Ele parece feliz. Outra amiga, ela é da faculdade, postou um vídeo de cachorrinhos brincando com uma bola de plástico vermelha. Cachorrinhos são tão fofos, não é? 

Poderia passar horas olhando o celular, mas, então, decidi levantar da cama e tomar um banho. Hoje o dia está quente e meu corpo, tão suado que eu demorei um pouco para conseguir me desvencilhar do lençol. As gotas de água caíam em mim, causando dor, pois elas entravam em algumas feridas, ainda vermelhas, da minha pele. Tudo bem, está tudo bem. Depois do banho, tomei um café duplo com uma fatia de torrada com manteiga, enquanto assistia ao telejornal da manhã no volume cinco. Sempre deixo a televisão no volume cinco para não incomodar os vizinhos.

Vou guardar a manteiga na geladeira e percebo que estão faltando coisas. Não me aborreço. Nunca me aborreço. É só arranjar mais comida. Não levará tempo nenhum. 

Desde que eu me mudei para essa cidade, o meu passatempo preferido é arranjar comida. Eu adoro cozinhar. A cozinha me lembra da minha mãe, lá no interior, seu perfume era sempre misturado às essências dos temperos que ela usava para fazer o feijão. A cozinha me lembra do meu pai também, me lembra da risada musical dele e dos meus irmãos correndo em volta da mesa para distribuir os guardanapos e os talheres. Por isso, quando percebo que não tem comida na geladeira, fico imediatamente contente. Será um dia feliz hoje.

...

Acho que nunca percebi o quanto as escadas do meu prédio são tão íngremes. Acho que é por que nunca subi as escadas depois de arranjar comida. Prefiro pegar o elevador. Sinto o suor descer em minhas costas e ele pinga também do meu nariz, manchando os degraus cinzas sob meus pés. Mas, mesmo cansado, estou feliz. Hoje eu arranjei comida e isso é tão, tão bom.

Engraçado... Os olhos daquela garota eram tão cinzas quantos esses degraus. Aqueles olhos me fizeram ficar perdido por alguns instantes, perdido em sua neblina misteriosa e convidativa. Mas, eu tinha que estar focado, senão, minha geladeira ficaria vazia por mais um dia e isso não seria legal. 

O sorriso dela, sua risada pipocava em meus ouvidos. Eram bolhas de sabão multicoloridas que estouravam em seus lábios e me deixavam desconcertado. Mas, eu tinha que me concentrar hoje. Ela foi tão legal comigo que eu quis a levar para o meu esconderijo secreto, meu lugar favorito no mundo desde que eu era adolescente. Ela estava feliz e eu também.

Mas, de repente, seus olhos cinzentos perderam o brilho e seu sorriso se transformou em um grito de horror. Será que ela não gostou de lá? Será que ela se incomodou por que eu tinha que arranjar comida? Não sei. E já não me importa mais.

Afinal, eu consegui arranjar comida. E estava a levando para a minha casa. O dia tornou-se interminável enquanto eu preparava o jantar, pois é tão complicado cortar aquele tipo de carne, sabe? Os ossos são grandes em algumas partes e é preciso retirar nervos e pêlos que não são comestíveis. Acho que a pior parte de ser cozinheiro é ter que fazer esse pré-preparo, mas são ossos do ofício. Fazer o quê? Não posso me aborrecer.

Minha comida é tão gostosa. Sou elogiado por todos os meus amigos quando eles vem me visitar. Sendo bem sincero, acho que eles não tem muito como reclamar do que eu faço, porque eles não sabem cozinhar nem um ovo, então... Será que eles se sentem intimidados em minha presença? Nunca parei para pensar nisso, mas acho que não. Sou tão legal e quando estou cozinhando, nada, nem ninguém me faz perder a calma.

Depois de algumas horas, termino de limpar a carne. O que sobrou, queimarei depois. Sobraram tão poucas coisas, na verdade, então não terei muito trabalho. Alguns tufos de pêlo castanho, alguns ossos e pequenos dentes que sorriam para mim. Engraçado, mas acho que já vi aquele sorriso antes...

Será? Não sei, mas não importa. Hoje estou feliz, porque poderei cozinhar. Eu adoro cozinhar. Acho que aquele garota dos olhos cinzas ficaria orgulhosa pelo jantar que fiz hoje. Pude aproveitar tão bem tudo o que ela me ofereceu hoje. Durmo com um cheiro doce e enjoativo no ar. E carne fresca na geladeira.
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Bonjour, pessoal. Tudo bem?

O lema do Dia das Bruxas é só um: doces ou travessuras. E o blog já está cheio de "travessuras" - são contos de terror às terças, resenhas de livros de terror, tags para celebrar essa data horripilante... Então, decidi que é uma boa hora para trazer um pouquinho de açúcar para cá!

Sempre que penso nessa data, eu consigo sentir o cheirinho de algumas comidas deliciosas: canela, doce de abóbora, chocolate, balas de açúcar, vegetais assados... Todos tão deliciosos! Você tem preferência por algum? Eu adoro tudo o que tem canela na composição. Os meus doces preferidos com canela são o cinnamonroll, pretzel, sorvete... Ai, ai, estou babando aqui atrás da tela do computador, hihi.

Mas, o que eu quero compartilhar com vocês hoje é uma outra receita: muffins de abóbora com chocolate! Eu vi essa receita no site do GShow há alguns dias e logo pensei que seria uma excelente receita para fazermos nessa época do ano. Afinal, quem nunca quis decorar abóboras laranjas com caras assustadoras assim como acontece nos filmes dos EUA? 

Ps: se você preferir, também pode decorar sua abóbora com traços bem tupiniquins, talvez talhando um Curupira terrorífico ou a cara maquiavélica da Cuca.

Abaixo, a receita. Lembrando que é muito importante, depois, vocês visitarem o site da Globo para conferir mais coisinhas. Vamos prestigiar o trabalho dos meus colegas jornalistas, hein? Hahaha.

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Ingredientes

400 ml de água
400 g de farinha de trigo
01 colher de chá de fermento químico
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de noz-moscada
1/4 colher de chá de sal
2 ovos
200 g de açúcar mascavo
100 ml de leite integral
200 g de purê de abóbora
04 colher de chá de manteiga sem sal
1/2 colher de chá de essência de baunilha
300 g de chocolate amargo picado
Modo de Preparo
Pré-aqueca o forno a 250ºC e prepare 12 forminhas com papel manteiga.
Misture os seguintes ingredientes e passe por uma peneira: o fermento, bicarbonato, farinha de trigo, canela, e sal. Misture bem e reserve.
Em uma vasilha grande coloque os ovos, açúcar, leite, abóbora, manteiga derretida e baunilha e misture bem, formando um creme homogêneo e liso.
Junte a mistura seca e peneirada ao creme de abóbora. Acrescente metade do chocolate picado à massa obtida.
Asse por 22 a 25 minutos. Deixe esfriar e remova das forminhas. Cubra com chocolate derretido e confeitos a sua escolha.
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E... Pronto! Você terá bolinhos fofos e deliciosos para compartilhar com seus amigos em uma típica festa do Dia das Bruxas! Ah, e para ficar ainda melhor, você pode decorar com pasta americana ou glacê com temas das Bruxas. Por exemplo (fonte Pinterest):


Quantas decorações fofas! Como eu adoraria ter a habilidade de torná-las reais também... Qual foi a sua favorita? A minha a do morceguinho de Oreo.

Tomara que a receita dê certo, viu? Depois compartilhem comigo os resultados!

Beijos açucarados (de abóbora e chocolate) e au revoir.
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Das incríveis animações em stop motion – como O estranho mundo de Jack e A noiva cadáver – aos modernos e excêntricos contos de fada Edward Mãos de Tesoura e Peixe grande, o cineasta Tim Burton tornou-se conhecido por sua linguagem visual única, que equilibra perspicácia e humor ácido.O livro O triste fim do pequeno Menino Ostra, publicado pelo selo Girafinha, com poemas do autor e ilustrações de próprio punho, mostra de forma livre e intensa seu imaginário. É como se ele condensasse a essência de Tim Burton que, na complexidade de um filme de grande orçamento hollywoodiano, se revela de forma mais escamoteada.Nessa obra, em que as ilustrações evocam a doçura e a tragédia da vida, Burton apresenta uma galeria de personagens infantis muito peculiares. Incompreendidos e desajustados, eles lutam para encontrar amor e aceitação em um mundo cruel. São desesperançosos e infelizes heróis que nos lembram o lado negro que há em todos nós.Tim Burton é diretor dos filmes Batman – o retorno, a nova versão de A fantástica fábrica de chocolate e Alice no País das Maravilhas, entre outros.

Fantasia // 128 páginas // Girafinha // Classificação: 5/5


Se tem um diretor de cinema do qual eu sou muito fã, esse diretor é o Tim Burton. Infelizmente para mim, que adoro começar os capítulos do blog contando uma historinha pessoal, eu não lembro qual foi o primeiro filme de Burton que eu assisti e nem quando foi isso. A única história que posso contar sobre a minha relação com sua filmografia é a de que eu já tive uma Fanpage no Facebook dedicada a ela! Eu compartilhava ilustrações e pequenos textos sobre seus filmes. Até que ela fez sucesso, viu? Mas, aí, eu fiquei muito atarefada na escola e decidi parar... Ai, ai... Mas, que dá saudade, dá!

Hoje, eu digo com orgulho que já assisti a quase todos os filmes dele. Para vocês terem uma ideia do quanto eu realmente sou fã de seu trabalho, saibam que eu fui comemorar o meu aniversário de dezesseis aninhos na exposição do Tim Burton que teve aqui no MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo. Foi uma das melhores experiências de toda a minha vida, eu sou tão grata por ter tido a oportunidade de ver de pertinho seus esboços inicias, as storyboards, bonecos usados nos filmes de stop motion de verdade! Que saudades que eu tenho daquele dia também, haha.

Consegui comprar esses marcadores de página lindinhos lá na exposição do MIS. Foi um dos meus presentes de aniversário daquele ano
Claro que eu não poderia deixar passar o mês de Halloween do blog sem resenhar O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e outras histórias. Esse é o livro que junta vários poemas de Burton e, ainda melhor, várias de suas ilustrações que possuem o traço clássico que aparece em seus filmes. Muitos dos poemas que fazem parte dessa coletânea foram fonte de inspiração para curtas-metragens, enquanto outros são personagens que já vimos em suas animações, o que dá um quentinho no coração de todos os fãs do trabalho de Burton e faz com que a gente queira deixar o livro aberto na estante de tão lindas que as ilustrações internas são.

É incrível como alguém pode ter uma personalidade tão singular e única quanto Tim Burton. Ele conseguiu passar sua personalidade até mesmo para as palavras! Os poemas que ele escreve no livro são bem curtinhos, porém, tão esquisitos e macabros quanto seus filmes. 

As palavras se conectam organicamente com as ilustrações, criando mais do que poemas, e sim, pedaços sensíveis de histórias em quadrinho. Alguns, são quadros únicos, impactantes e sarcásticos, que dissolvem o leitor em ácido puro. Outros, são composições de pequenos quadrinhos, que criam expectativas no leitor que, às vezes, são cumpridas de uma forma muito mais horripilante do que o imaginado.

Os meus poemas favoritos são: Garota Vodu; A menina dos olhos fitos; O Natal especial do Menino Mancha; O Menino Robô e O Menino Múmia. Todos eles são poemas estranhos, no sentido mais literal da palavra, que, por vezes, não fazem sentido, mas que possuem uma inegável beleza dentro do caos e do macabro. 
E quem já não se sentiu assim assistindo a um filme do Tim Burton? Ainda não entendo como ele conseguiu trabalhar em parceria com a Disney, pois, justamente, ele é quase uma antítese desse estúdio. Burton nos mostra que o diferente não é errado, não é feio, não é para ser alvo de chacotas e exclusão. O diferente é lindo e merece ser respeitado. Burton também nos mostra que a morte não é o fim e nem precisa ser vista com tristeza e medo. Assim como tudo o que nos acontece, ela faz parte do ciclo da vida e é tão bela quanto a própria.

E é isso que o livro nos oferece também: pequenas amostras de bizarrice cômico-trágicas e fofas em seu universo particular. É a alma de Burton subdividida em poemas, ilustrações e uma edição muito bem trabalhada pela editora Girafinha.

Ilustração do "menino Ostra"
E você, já leu O Triste Fim do Pequeno Menino Ostra e outras histórias? O que achou da leitura? Deixe aí nos comentários a sua opinião, por favor. Adorarei lê-la mais tarde.

Au revoir.
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Bonjour, pessoal! Tudo bem com vocês?

Sabe quando a gente se sente corajoso ao ponto de assistir a um filme de terror no meio da madrugada sozinho? Pois é, nunca me senti assim, hahaha. Confesso que eu não sou muito fã de filmes de terror, prefiro os suspenses se estou com vontade de me assustar um pouquinho, mas já assisti a alguns filmes desse gênero e muitos deles marcaram a minha vida. 

Por isso, quero compartilhar com vocês algumas dicas dos meus filmes favoritos de terror/horror. Eu gosto da maioria deles, mas coloquei alguns que me dão medo nessa lista também, afinal, qual é a graça do Dia das Bruxas se não nos assustarmos e ficarmos com medo de dormir depois? Espero que gostem! E depois, deixem nos comentários qual desses filmes é o mais assustador para vocês!

1. A Colheita Maldita


2. Premonição


3. O Estranho Mundo de Jack


4. Caso 39


5. Vincent


6. Chucky, o boneco assassino


7. O Chamado


Juro que O Chamado estar na posição número 7 não foi intencional! 

Beijos açucarados e au revoir!
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O sol de verão brilhava atrás dos vidros engordurados da sala de estar. Há muito tempo aquele era o lar da Desorganização. Conversas eram ouvidas em todas as partes, sons indefinidos de teclados sendo esmigalhados sob dedos nervosos e mesmo com cinco pessoas morando naquela casa, além das quatro cachorrinhas que perambulavam em busca de espaço no caos, às vezes o silêncio conseguia ganhar espaço durante poucos segundos.

Apesar de parecer o contrário para um observador desavisado, aquele era um dia rotineiro para a família. A rotina era insensível a tudo, apática e morna, deixando seus servos entediados mesmo sendo um dia de férias para muitos membros da família. Mesmo assim, todos decidiram acordar (com a ajuda de um despertador) e seguir com seus afazeres diários. Dois deles saíram para trabalhar ou resolver outra coisa qualquer, mas os três restantes pensaram que seria interessante desfrutar da maciez entorpecente do sofá naquele dia, que seria um perfeito dia de moscas e suco de limão gelado. Mas, os que ficaram, embora ainda não saibam, lamentariam muito por tomarem essa decisão.

Foi quando um grito agudo e aterrorizante fez-se ouvir, abalando as paredes da residência de dois andares e deixando a paz, outrora entediante, em pedaços. Ana, a irmã do meio de um trio, desce as escadas em disparada para identificar a origem de um som tão atroz aos ouvidos humanos e, ao chegar em seu destino, o horror a toma por completo. Paralisada momentaneamente, a única reação que a garota tem é de chorar e gritar por ajuda. O seu pai, então, deixa de lado os compassos ritmados do teclado do computador e, com raiva pela interrupção repentina, desce fervendo a fim de parar com toda aquela gritaria descomunal. Um passo, dois passos, três o levam até o piso de cimento da garagem que é de onde sai o som de todo aquele espetáculo. Então o horror o rompe também.

Nada na vida havia os preparado para o que encaravam agora. Dona, uma cachorra de dois anos, normalmente fogosa e alegre com seus respeitáveis cinquenta quilos, agora estava com os olhos vermelhos e a boca ensanguentada. Feroz e raivosa, ela devorava a pequena e indefesa Jess, a "chaveirinho" da casa, meiga e dócil com seus ínfimos dois quilos.

Os olhos de Dona eram apenas dois filetes negros e alucinados, enquanto seus dentes afiados rasgavam o pescoço branco de Jess, esmigalhando a carne como uma faca sem fio, as veias jorrando um sangue grosso e quente pelo tapete de malha marrom. O peso de Dona era cada vez maior sobre o corpo inerte da pequena cachorra e nem a força dos três familiares restantes na casa conseguiram a tirar de cima dela e terminar com a ação.

O horror e o choque haviam dominado o lugar por completo. O sangue de Jess pingava no chão junto com as lágrimas de Ana, de sua irmã mais velha e do pai de ambas, tornando-se menos vinho e se transformando em um rosa escuro patético. Em uma última tentativa de parar com aquele espetáculo horroroso, Ana acaricia com firmeza os pelos de Dona para tentar acalmá-la. Dona, então, se rebela e contorce-se violentamente no chão, deixando a pobre Jess, agora sem brilho e nem esperança, morta e inexpressiva como uma mocinha de algum livro de poesia gótica.

Ana dá um sorriso fraco e olha para sua família vitoriosamente. Mas, lembra-se de Jess e corre, em desespero, para tentar restaurar algo que já se esvaíra há muitos minutos. O relógio prateado bate três vezes em cima do aparador. As moléculas de oxigênio no ar que os envolve parecem sumir e a sensação de todos é de uma asfixia paralisante. Quando o medo e o horror são maiores do que a capacidade de absorção do cérebro humano, o cérebro tende a entrar em um estado de apatia plácida e tudo o que acontece no mundo a sua volta é estranho demais para causar qualquer tipo de reação.

Quando Jess, inesperadamente, reagiu, causando uma contente surpresa em todos, ninguém esperava o que viria a seguir. A cachorrinha reagiu de forma brutal, arremessando-se para o pescoço de Ana e tirando-lhe o último sopro de vida, um sopro livre de complicações e cheio de amor, deixando-a morta. Seu corpo inerte bateu contra o tapete de malha, espirrando o sangue da cachorrinha pelas paredes. Em meio a uma poça de sangue do animal, os olhos castanhos de Ana eram dois prismas de diamante. E tudo se tornou terrivelmente, grotescamente, assustadoramente insensível para a razão dos ali presentes.

Jess voltou seus olhos caninos para os demais. Eles estavam vermelhos e desvairados, loucos como os olhos de um tirano sanguinário e perscrutavam os rostos lívidos da família. O ar se tornou gelado e as luzes da casa piscavam incessantemente, enquanto que um som sinistro de uivos rondava a sala aonde todos estavam. O pai de Ana pega a mão de sua outra filha, Célia, e reza para que o pior não aconteça também aos dois. Em uma alternativa questionável, eles se levantam e começam a correr para a porta de entrada que ficava a poucos metros de onde estavam.

Mas, o corredor parecia muito mais comprido do que se lembravam. Os quadros da parede se repetiam em um loop infinito, o tapete se amontoava sob seus pés e a porta era apenas um filete de madeira em uma distância quilométrica. O pai de Célia decidiu, então, parar. E quando fez isso, ele ouviu o som de unhas compridas arranhando o assoalho de madeira que ficava abaixo do tapete. "Tic, tic, tic".

De repente, sua mão ficou mais leve. A neblina do atordoamento que estava sentindo encobria seus pensamentos e ele não conseguia entender os motivos disso. Até que ele se lembrou de Célia e olhou para o lado. Ela não estava mais lá.

Um uivo gutural se ouviu naquele momento. E, então, a última lembrança do pai das meninas foi dos dentes brancos e afiados de Jess na sua frente.

...

Quando chegou em casa, a mãe das meninas estranhou o silêncio. Esperava ao menos ouvir o tilintar de alguma xícara sendo deixada na mesa, ou mesmo, o som chato do teclado do computador de seu marido. Mas, o que ouviu foi um latido gentil a seu lado.

"Olá, Jess. O que houve por aqui?" - ela perguntou ao perceber que a cachorrinha da família estava agitada e indicava a ela que a seguisse. A mãe então seguiu Jess até a lavanderia e percebeu um amontoado estranho e peludo perto da máquina de lavar. Jess havia dado à luz três filhotinhos - um macho e duas fêmeas - naquela tarde. Encantada, a mãe da família foi vê-los mais de pertinho.

"Estranho, acho que conheço esses olhos de algum lugar...", disse. Jess sorriu docemente para ela com os dentes manchados de vermelho.

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* Esse conto foi escrito com a colaboração de uma amiga muito querida chamada Nathalia. Natty, obrigada por quebrar meu bloqueio criativo com a introdução desse conto fantástico. E obrigada por sua amizade também :)
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Edgar tem um tio que adora contar histórias arrepiantes. Só que são todas reais... até demais! Uma pequena boneca, uma moldura dourada, um velho telescópio de latão, entre outros objetos curiosos e sinistros são provas disso. Mas como o tio Montague teria conseguido montar tal coleção? O que Edgar nunca podia imaginar é que o protagonista da mais inusitada e horripilante história contada pelo tio era ninguém menos que o próprio - Montague.

Fantasia // 256 páginas // Pavio // Classificação: 5/5

Eu não consigo preencher duas mãos da quantidade de vezes que eu falei sobre esse livro com vocês, com meus amigos e com meus familiares. Acho que sempre que outubro se aproxima, e com ele o Dia das Bruxas, eu começo a retomar as histórias fantásticas que preenchem as páginas desse livro e sempre volto a fazer a pergunta: "Mas, você já leu? Você tem que ler!" para praticamente todo mundo que passa na minha frente.

De todos os livros de terror e creepypastas que já li, com certeza, Contos de Terror do Tio Montague foi o melhor deles. Quando eu o comprei e vi que ele fazia parte de um selo infanto-juvenil da editora Rocco, pensei que a compra valeria à pena muito mais pela beleza da edição. Porém, assim que comecei a lê-lo, não tive dúvidas de que estava enganada: esse é o livro que contém as histórias mais assustadoras que já li na vida!



O livro é sobre a jornada de Edgar, um menino que está no período de férias escolares e sem muitos amigos, já que os pais não se dão bem com crianças, exceto por seu tio, um senhor excêntrico que vive em uma casa enorme e horripilante depois de uma floresta. Um dia, o menino decide visitar seu tio Montague e descobre que além de esquisito, seu tio também é um ótimo contador de histórias... Desde que elas sejam horripilantes!

Edgar, porém, não tem medo e aceita todas as condições do tio para que ele continue a contar suas histórias. Mas, logo depois da primeira, o menino percebe uma coisa que o deixa incomodado (além, é claro, das várias esquisitices do tio e dos empregados da casa): objetos que aparecem nas histórias narradas por Montague existem no mundo real e estão guardados, justamente, na casa dele! 

Se eu fosse Edgar, teria saído correndo daquela casa logo depois do primeiro conto! Mas, ainda bem que ele não fez isso, porque senão a gente não teria acesso à imaginação fértil, sensível e criativa que Chris Priestley possui e nos dá amostras em cada um dos contos. Um conto após o outro, as narrativas vão ficando mais e mais intrincadas e imprevisíveis, fazendo com que a gente não queira desgrudar os olhos do livro, ao mesmo tempo em que os voltamos para a porta, com medo de aparecer um monstro assustador.


Além do horror, mais visual, muitos contos desse livro nos trazem um terror bem psicológico, construído na base da desconfiança e da surpresa pelo caminho tomado. Os meus contos favoritos  (e que são os próprios capítulos do livro) são: Poda de Inverno; A Moldura Dourada e A Des-porta. 

Pessoal, são esses os contos responsáveis por minha chatice, sempre relembrando o quão Contos de Terror do Tio Montague é um livro espetacular para todos vocês. Eu não contarei as histórias dos meus contos favoritos para não dar spoilers, mas tenham a certeza de que eles são os melhores de todo o livro!


Acho que esses são os contos que trabalharam melhor a questão da trama psicológica, o que me atrai mais do que o horror visual, sabe? Talvez, seja por isso que eu não seja tão fã de filmes de terror, mas adore assistir a filmes de suspense. Esses foram os contos que me deixaram perturbada por dias! Até hoje, eu não consigo parar de pensar na complexidade do conto do espelho.

E o final? O final do livro é tão surpreendente quanto os pequenos finais ao longo da narrativa, referentes aos contos. Já é perceptível, ao longo da leitura, que a casa do tio Montague é bem esquisita, cumprindo todos os critérios de Casa Mal-Assombrada, sabe? Só por causa disso, a gente já pode ficar desconfiados de que o velhinho contador de causos não é flor que se cheire. Mas, além disso, o fato de Montague saber todas as histórias das crianças com tanta riqueza de detalhes, guardando até mesmo objetos delas, é surreal! Só isso já dá o gostinho de terror dentro de terror para a narrativa.

Já que assim como está na sinopse, o próprio tio Montague é um personagem de seus próprios contos, e parece que toda a história e relação que ele tem com Edgar também faz parte desse universo à parte do que seria a Realidade. Ao terminar a leitura, apesar de eu ter ficado satisfeita com os blocos bem fechados dos contos (nenhuma ponta solta existe neles), fiquei com um gostinho de quero mais pela história entre Montague e Edgar.


Por isso, esse é o meu livro favorito para ser lido e relido durante a época de Halloween. E você, já leu Contos de Terror do Tio Montague? O que achou? Deixe nos comentários sua opinião, por favor!

Beijos açucarados e au revoir!
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Bonjour, mes amis! Ça va?

Um dia desses, eu estava zapeando o meu Instagram e vi uma tag literária tão cheia de amor que logo fiquei com vontade de a responder também! A tag chama-se "Outubro Rosa" e a vi, pela primeira vez naquele dia, na conta da @umlivroamado. O assunto, para mim, é de tão extrema relevância que precisei compartilhar mais um alerta para essa campanha aqui no blog.

O "outubro rosa" é uma campanha que começou nos Estados Unidos lá pela década de 1990, quando a Fundação Susan G. Komen for the Cure organizou a primeira corrida beneficente para a causa em Nova Iorque. No Brasil, essa campanha chegou doze anos depois, quando o Obelisco de São Paulo se iluminou com a cor rosa para alertar as mulheres em relação ao câncer de mama.

À partir de então, todos os anos existem campanhas de alerta no país para a causa. Lembrando sempre que é muito importante que todas nós, mulheres, realizemos o auto exame mensalmente para que a doença possa ser identificada em seu estágio inicial, com chances gigantes de cura.

Após esse recado, vamos a nossa tag! Ela consiste em associar nossos livros com palavras que são essenciais nesse mês rosa. Vamos lá?

Campanha: um livro que você indica para todos


  As chaves do Reino é uma série da qual falei pouco no blog, mas ela é uma das minhas séries infanto-juvenis de aventura favoritas de todos os tempos. Eu demorei muito para terminar de a ler, porque ela não foi publicada regularmente no Brasil, mas a experiência valeu muito a pena.

A história é bem amarrada, criativa e tem um dos finais mais verdadeiros e surpreendentes que já li. É, sinceramente, maravilhosa. Eu ficaria muito contente se algum streaming fizesse a adaptação dela para as telinhas, pois o cenário rico, as personagens complexas e o roteiro intrincado seriam uma ótima base para qualquer série.

Prevenção: um livro que você não indica


Incrível ter um livro da Rainha do Crime nessa categoria, mas é a mais pura verdade. Eu não gostei da história de Morte nas Nuvens. Acho que a história se perdeu ao longo das páginas, o final foi previsível e as personagens insossas demais. Se você quer começar a ler os livros de Agatha Christie, definitivamente, não comece com esse.

Dia mundial: um livro que todo mundo ama


Quem aí nunca sonhou em visitar a Terra do Nunca? E quem já não pensou em nunca mais voltar de lá, hahaha? Acho que essa é uma das histórias mais democráticas já adaptadas pela Disney que, além de tudo, nos deu um universo riquíssimo das Fadas baseado na aventura de J. M. Barrie... Mais popular que Peter Pan impossível! Até Freud aprovou!

Auto exame: um livro que você descobriu sozinho e amou


Foi em um dia de buscas minuciosas pelo stand de livros por dez reais no shopping que eu encontrei esse livro... Atraída pela capa e pelo título, decidi comprá-lo e não me decepcionei nem um pouquinho com a história. Densa, original e com um final inesperado, esse livro me mostrou que a magia pode ser conectada com a contemporaneidade sem nenhuma perda.

Médico: um livro que todo mundo deveria ler


Tão linda quanto as ilustrações que enfeitam o livro, a história de A Princesinha é uma daquelas que precisam ser lidas, relidas e internalizadas por todo ser vivo do mundo. Amor, empatia, gratidão, são algumas das palavras que resumem o conteúdo do livro e que me transformaram positivamente para sempre.

Peito: um livro que tem um lugar especial em seu coração


Viu como Peter Pan é uma história rica e universal? Já comentei várias vezes sobre esse livro aqui no blog, mas basta saber que foi ele o meu primeiro livro "grande" que já dá para entender os motivos que me fazem amá-lo.

Conscientização: marque outras pessoas

Mel, do Twee; Bia, do antique faerie; Gaby, do Uma Doce Melodia; Larissa, do As Moscas na Janela. Sintam-se à vontade para responderem a essa tag, ok?

Bom, acho que é isso por hoje, pessoal. Espero que tenham gostado e não se esqueçam de sempre realizarem os exames para prevenir o câncer de mama (meninos também) rápido!

Beijos açucarados e au revoir.
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Resultado de imagem para morcego gif


O cheiro que mais se sentia naquele ambiente era o de Formol. Seus olhos estavam fechados, mas ela sentia aquele cheiro ardido, mórbido e inebriante na sala. Pelo menos, imaginava que estava em uma sala, pois sentia o ar viciado e uma luz branca direcionada, o que indicava lâmpadas retangulares acima dela. Não havia janela naquela sala, então.

Qual era sua última lembrança?

Passos. Um par de sapatos de salto alto e bico fino, outro, de tênis de corrida com amortecedor em gel. Seus olhos estavam fechados, mas ela ouvia que a pessoa que usava os saltos era alta demais, o que desequilibrava seu eixo corporal para a frente, tornando o toque de seu salto fino mais leve do que o esperado. Sabia também que a pessoa que usava o tênis tinha problemas graves de coluna, talvez uma escoliose.

Qual era sua última lembrança? Uma dor de cabeça, uma pressão no peito…

De repente, a porta se abriu. O par entrou na sala, trazendo a ela novas sensações. Seus olhos não conseguiam se abrir… Por que? Dois perfumes: um leve odor de frutas cítricas. Um forte cheiro de almíscar. Isso significava que a dupla era um casal: um homem e uma mulher. A mulher era a dos tênis acolchoados por gel sem dúvida nenhuma, pois o cheiro de frutas era o mais sentido por ela, mesmo que estivesse mais fraco. O homem estava usando os saltos, o que explicava mais sobre suas pontas estarem tocando o chão tão levemente - ele não conseguia se equilibrar direito, era a primeira vez que usava aquele tipo de calçado.

Qual era sua última lembrança? … escuridão. Cheiro de sangue fresco, mas que não era o seu. Um toque de mármore em seu pulso.

Ela está viva? - perguntou uma voz gutural. Era o homem de saltos. Ele se curvou sobre ela, os cabelos lisos roçando-lhe o colo. Ela queria espirrar com aquele cheiro enjoativo de almíscar, mas seu cérebro estava lento demais para comandar o seu nariz.

Acho que sim. O cheiro dela é morno e vejo algumas de suas veias pulsarem - respondeu a mulher, sua voz era tão melodiosa que poderia ser uma cantora famosa, se desejasse.

O cheiro era ainda morno… O que aquilo significava? Eles eram médicos talvez. Sim, sim, fazia sentido que o cheiro que sentia, o Formol, viesse dos vidros de conservação usados no estudo da medicina. Talvez, ela estivesse em um hospital universitário então.

Qual era sua última lembrança? A pressão das mãos marmorizadas era violenta em seus pulsos frágeis. O som que ouvia era constante, mas quase inaudível: um sonar…

Estava ficando mais relaxada. Apesar de seus olhos não se abrirem, sabia que estava segura, afinal, daqui a pouco sentiria uma agulha e então, o sedativo embaçaria sua mente e ela acordaria horas depois em uma poltrona confortável, rindo de toda aquela situação. Mas, os dois médicos estavam quietos demais. Ela conseguia ouvir mãos trabalhando furiosamente, conseguia sentir trocas de olhares entre os dois…

Qual era sua última lembrança? … um cheiro. Almíscar e laranjas misturados com maracujá. A pressão em seus pulsos era agoniante. Conseguia ouvir um som de risadas, vindas de uma voz melodiosa, e o calor de uma bruxuleante vela acima de seus olhos. A parafina escorria e selava-os. Ela gritou de dor…

Agora lembrava o motivo pelo qual não conseguia abrir seus olhos. Ela tentou passar a mão neles para saber se a parafina continuava lá. Suas mãos (os pulsos doíam, agora ela percebeu) conseguiram chegar a seus olhos. A parafina secara, permitindo que ela a retirasse para poder ver o que estava acontecendo.

Então, ela os viu. Seus médicos, o homem alto e a mulher com escoliose, vestiam roupas tradicionais de cirurgia verdes. Na frente de suas bocas, máscaras de proteção. Mas, o que mais chamava a atenção dela era a pele deles: branca demais. Ao redor dos olhos, duas olheiras profundas demais, quase pretas de tão arroxeadas.

Ela acordou! - gritou a mulher. Seus cabelos caíam do coque apertado que ela tinha feito antes.
Sim… Onde estou? - perguntou ela. - Podem me ajudar a sair daqui? Acho que um check up rápido é do que preciso, não uma cirurgia.

Bobagem… - disse o homem. Seus traços eram belos demais. Quase tão inebriantes quanto o cheiro de Formol que vinha, de onde comprovou, de frascos com insetos. - É claro que não faremos cirurgia nenhuma! Apenas um exame, você está machucada e precisamos fazer um ultrassom.

Ela suspirou aliviada. Um ultrassom.

Qual era sua última lembrança? Antes da parafina, viu o rosto de quem a tinha aprisionado. Era um dia de chuva, ela tropeçou na calçada, alguém a sedou… Um quarto escuro demais, grande demais. Uma luz se acendeu: um homem bonito demais. Seus traços eram tão perfeitos quanto qualquer quadro renascentista. Uma mulher de cabelos ruivos, presos em um coque apertado demais.

Ela gritou. E gritou mais alto em busca de socorro. Mas, ninguém parecia ouvi-la.

Calma. É só um ultrassom. Você está nervosa… demais. - sussurrou o homem, aproximando-se dela. Seu rosto se aproximava do dela.

Não fique com tudo! - disse a mulher com um sorriso sarcástico - Você sempre fica com a melhor parte, deixe um pouco para mim!

Qual era sua última lembrança? Barulhos de sirene fora da casa aonde estava. Então, a pancada na cabeça, o aperto no peito. O cheiro de Formol em suas narinas recém acordadas. Ela havia sido levada para aquele hospital que, pelas teias, estava abandonado.

Esse é o nosso banco de sangue - disse a mulher - Nosso estoque não pode acabar rápido, estamos em fase de crescimento.

Banco de sangue? Então, o homem beijou seu pescoço. Os lábios dele eram frios como o mármore. Ela sentiu tanto medo e, depois, não sentiu mais nada além das suas forças minando lentamente de suas veias. Ele a havia mordido com caninos compridos demais. A mulher, ao seu lado, dava leves cutucões em suas costelas, enquanto fuzilava o homem com os olhos para que ele não se demorasse.

O último fio de vida se desconectava dela. E, então, o escuro a tomou.
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Bonjour, mes amis. Ça va?

Eu estava relembrando alguns dos blogs que eu costumava ler antigamente e decidi visitar, de novo, o blog de uma amiga querida que está desativado (ou será em aberto? Meu sonho!) desde 2017: o Blog da Carla Vieira.

Eu gostava muito de ler os textos que ela publicava por lá, principalmente aqueles motivacionais, pois ela traz esse assunto de uma forma tão delicada e forte ao mesmo tempo, sendo que todos eles me impactavam positivamente de alguma forma. Fiquei com saudades e com uma sensação nostálgica gostosa... Espero, de coração, que um dia ela volte a escrever com frequência para que eu possa me inspirar em suas palavras cada vez mais.

Vocês tem essa mesma sensação com algum blog? A sensação de que ele precisava existir para todo o sempre, pois seu conteúdo é incrivilmente fantástico? Comentem aqui embaixo, por favor! Adoraria receber dicas de outros blogs para encher o meu feed, haha.


Enfim, foi durante esse tempinho que passei relendo alguns de seus textos que eu me deparei com essa tag de Halloween, ou Dia das Bruxas, que senti ser ideal para o Projeto Terror que eu venho desenvolvendo esse ano no blog. O objetivo é associar os personagens folclóricos do terror aos livros que temos na estante. Vamos lá?


Livro Drácula: Os vampiros são caracterizados por sugar o sangue alheio, cite aquele livro que sugou todas as suas forças, deixando você sem ar.

Para essa pergunta, eu escolhi As Aventuras de Huckleberry Finn (que, inclusive, já resenhei no blog). Esse foi um dos livros mais difíceis de digerir que eu já li. Somando-se o fato de que eu esperava dele apenas uma boa história de aventura, ou seja, as minhas expectativas foram frustradas, o livro tirou de mim mais do que eu poderia ter imaginado. O problema grave do racismo é colocado à tona por Mark Twain de um jeito escancarado, cruel e banal ao mesmo tempo, mas que deixa os leitores mais conscientes com nó no estômago. Eu gostei muito da leitura, mas, ao final, sentia-me completamente exaurida por tantas energias ruins (propositais) que o autor colocou na fala das personagens.

Livro Fantasma: É de consenso geral que os fantasmas existem nas histórias de terror para assustar e assombrar a todos. Comente sobre aquele livro que te assombrou durante muito tempo.

Eu não costumo ler muitos livros de terror, então, tenho poucas histórias de livros assustadores para contar. Mas, lembro que Contos de Terror do Tio Montague me deixou com um pouquinho de medo depois que eu o li. Apesar de ser vendido pelo selo infanto-juvenil da editora Rocco, o livro tem histórias que deixariam qualquer adulto com os cabelos em pé! Aliás, é um ótimo livro para se levar em viagens com os amigos, pois as histórias que você contará dele serão a sensação do encontro, garanto!

Livro Lobisomem: Tal qual a licantropia que passa de mordida por mordida, cite um livro que você gostou tanto que indicou a várias pessoas.

Hoje eu vou sair da minha resposta habitual e indicarei outro livro que me marcou muito: Fique onde está e então corra. Esse livro conta a história de um menino que, durante a Primeira Guerra Mundial, ouve que seu pai (ex-combatente) está em um hospital de recuperação e decide tirá-lo de lá, sozinho. O livro é muito sensível e tem partes tão emocionantes que me fizeram chorar! E, olha que eu não costumo chorar nem lendo livros e nem assistindo a filmes! Além disso, o cenário histórico que o livro apresenta, para quem gosta do assunto como eu, é muito interessante, contando até mesmo com uma playlist com músicas da época que é muito gostosa de ouvir. Super recomendo!

Livro Bruxa: Bruxas são famosas por jogarem feitiços e maldições nas pessoas. Portanto, conte-nos qual livro que te enfeitiçou, pode ser tanto de forma positiva quanto negativa.

Eu escolherei um livro que me enfeitiçou positivamente, e bota positivo nisso: Pollyanna. Eu já o li três vezes e, em todas elas, a leitura foi diferente. Esse livro me ensinou a ser mais grata e a enxergar o lado bom da vida e das pessoas que me cercam. Além disso, ele foi muito importante para eu me reestruturar na pior fase da minha vida e eu sempre serei grata a ele por isso. Pollyanna me enfeitiçou com seu olhar encantador e positivo para a vida inteira.

Livro Frankenstein: Infelizmente, o Frankenstein é aquele personagem que as pessoas julgam pela sua aparência aterrorizadora. Em sua homenagem, comente aquele livro que a princípio você julgou mal pela capa, mas ao ler você acabou gostando da história.

Muitos dos livros de escola que eu tenho aconteceram isso. Porém, acho que o caso mais marcante para mim foi com Cyrano de Bergerac. Esse era um livro que, a princípio, eu não queria ler, pois o título e a cor da capa do livro não me agradaram  em nada. Mas, aí, eu dei uma chance e, quando eu vi, fui convidada para fazer o roteiro da peça de teatro da escola baseado nesse livro! Eu fiquei tão orgulhosa com o resultado! Os pais foram assistir e eu também fui a narradora, ou seja, orgulho em dose dupla, haha.

Livro Zumbi:  O Zombie é aquele personagem clássico que não dorme. Qual foi o livro que te fez ficar acordada a noite toda sem conseguir parar de ler?

São tantas as opções que eu viviii! Mas, para trazer livros diferentes para o blog, eu destacarei uma trilogia que me fez revirar noites e virar fã logo nas primeiras páginas: a trilogia Legend. O mundo distópico apresentado pela autora me envolveu de um jeito que, sempre que eu parava de ler, demorava alguns segundos para assimilar qual era a realidade na qual estava vivendo.

Livro Gato Preto: Essa é aquela lenda que você não sabe se acredita ou não e acaba ficando confuso. Sendo assim, fale daquele livro que te deixou confuso, sem saber muito bem como reagir a ele.

Ele está de volta. O livro traz Hitler aos tempos atuais, porque ele ficou dormindo durante todo o período pós-Segunda Guerra Mundial e, de repente, acorda em uma Alemanha muito diferente da que ele havia deixado para trás. Esse livro me deixou muito confusa no momento em que eu o lia, pois ele é muito engraçado, e eu não sabia se poderia rir das coisas que ele trazia. E também não sabia se poderia simpatizar com Hitler da forma que o autor quer que a gente simpatize. Eu me senti muito culpada em vários momentos da leitura.

Livro Fogueira: : A fogueira foi a causa das mortes injustas de muitas “bruxas”, assim como um símbolo presente em várias narrativas de horror. Conte sobre aquele livro que acendeu uma chama interior e te deixou pegando fogo de tanta raiva.

Nossa... Dias Perfeitos foi um livro que me deixou com muita raiva, principalmente no final. Mas, a leitura dele é excepcional e recomendo a todos.

Livro Cavaleiro Sem Cabeça: Diz a lenda que o Cavaleiro que assombrava Sleepy Hollow perdeu a cabeça durante a Guerra da Independência dos EUA. Porém aqui o que faz perder qualquer parte do corpo são os livros, por isso, conte-nos sobre aquele livro que te fez perder a cabeça, ou seja, a compostura.

Emma, acredito que seja o melhor exemplo. Foram muitas, mas muitas mesmo, as vezes em que fiquei brava com a protagonista desse livro. Ao mesmo tempo em que me simpatizava com ela, vendo-me em suas atitudes, não aguentei uma personagem tão indecisa e tão alheia às coisas que a rodeavam tão de perto. Sinceramente, Emma. Se toca!

Livro Cemitério: O cemitério é um cenário clássico do Halloween e das narrativas de terror, ele é considerado um lugar terrivelmente calmo e silencioso, reservado para o sepultamento dos mortos. Para caracterizar o cemitério, cite aquele livro que você enterrou na sua estante, não terminou de ler ou nem mesmo começou, seja por ter esquecido ou por ter desanimado com a história.

O Fantasma de Stálin. Eu comprei esse livro por impulso, apenas porque tinha gostado do nome e do fato de ele ser um thriller policial. Mas, não gostei da história e não tenho desejo nenhum de tentar de novo. É um livro que ficará enterrado na minha estante para sempre.


É isso, pessoal. Espero que tenham gostado da tag. Beijos açucarados de doce de abóbora e au revoir.
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Monstro de Lama Baro, de Black Clover
O dia estava mergulhado em cores opostas no círculo cromático. Era crepúsculo. As ruas da cidade de poucos habitantes no interior de São paulo estavam desertas. Um clichê de filmes de terror, eu diria. Mas, era a mais pura verdade naquele dia, naquela hora. A cidade estava vazia. O som do vento, o único lá fora, era tão escandaloso que chegava a ser inconveniente para os moradores que se escondiam nas casas de pinturas descascadas. 

Todos estavam à espera. Cinco anos haviam se passado desde que “Ele” fizera sua terceira ronda pela cidade. Mais precisamente, cinco anos e dez dias: Parabéns pra você nessa data querida! Espreitavam pelas frestas das janelas amareladas pelo tempo. A luz das televisões era o único indício de que havia gente nas residências, o som no mute, pois os inúmeros pares de olhos castanhos eram invisíveis para quem via da rua. As crianças já estavam na cama há bons minutos. Os adultos, o cheiro de café recém-passado em suas narinas xeretas. 

Era uma espera agoniante. Quando “ele” apareceria pisando forte nos paralelepípedos das vielas e ruelas da cidade? Quando “ele” surgiria, imponente e misterioso, encostando nas portas das casas com suas unhas tamborilando pelas jardineiras?

Era uma espera agoniante. O crepúsculo já terminava, concedendo o ambiente para a noite estrelada que despontava no horizonte. A lua Cheia subia, tal qual um gato prateado caçando ratos na rua.  “Ele” tinha que aparecer antes do fim da Hora Misteriosa, senão, não apareceria mais naquele dia. Os adultos davam-se as mãos em suas casas. O som do vento não era mais o único que se escutava na cidade: palavras baixinhas eram entoadas por lábios ressecados, formando uma música sinistra em semitonadas.

“Ele” tinha que surgir em menos de dois minutos. A capa negro-azulada da Noite, bordada com estrelas mortas e poeira cósmica, já farfalhava em metade do céu da cidadezinha. Os mais velhos tremiam de medo. Porém, o som exótico aumentava de volume, mais e mais, tornando-se quase um cântico de guerra: “Silenciosamente cantarei/por sua alma/Acredito que será/elevado ao puro céu/Por sua alma”.

E, então, repentinamente as luzes dos postes de energia começaram a faiscar. O barulho do vento se tornou mais caótico. Os paralelepípedos tremiam descontrolados pelo peso monumental da figura tão esperada. “Ele” se assemelhava a um balde de lama em movimento - uma massa disforme e gosmenta, que não suportava seu próprio peso e balançava de um lado para outro em busca do equilíbrio.

Os habitantes da cidade deram gritos de alegria abafados por panos de copa e camisetas surradas de dormir. Alguns mais histéricos pegavam seus familiares pelos braços e dançavam, pés sapateando nos assoalhos de madeira barata. “Ele” fazia sua inspeção rotineira pelas ruelas e vielas da cidade.  Tamborilando, arranhando, arrastando, abraçando…

… uma luz. “O que era aquilo?”, perguntavam-se centenários, sexagenários e vinteanistas. “Quem ousaria sair na rua enquanto “Ele” fazia sua inspeção?”, bradavam pais de família. 

A luz vinha de um Santana 84 cor de vinho. O carro estava contornando a esquina da Rua dos Amores com a Avenida Mortífera, em que “Ele” estava parado, atônito. Depois de cruzar a esquina, o corajoso motorista decidiu sair de seu Santana e encará-lo sem nada em mãos para se proteger daquele Ser misterioso e cultuado por tantos na cidadezinha. 

O motorista era, a bem da verdade, uma figura para lá de chamativa: cabelos repartidos em uma risca lateral, calça levantada acima do umbigo por cima de uma camisa lilás de cetim, o cinto era uma pochete e os sapatos de couro (ecológico, é claro) tinham ponteiras de prata. Tinha um palito de dente por entre os dentes reluzentes de tão brancos, um bigode insosso enfeitando seu rosto, grossas sobrancelhas em tom de desafio.

“Ei, cara!”, ele gritou furiosamente. “O que é preciso para enfrentar você? Ahn? Por que não deixa essa cidade em paz? Ahn? Saca qual é a sua? Por que desapareceu com meu irmão? Ele era amado por todos e eu sou desprezível, você tinha que ter me levado. Quer me levar hoje? Ahn?”. “Ele” se virou. Não importava o que aqueles seres diminutos e desprezíveis diziam, pois “Ele” era o dono daquela cidade. O ritmo de seus passos se acelerou, o homem do Santana fincou as ponteiras na pedra a sua frente, esperando pelo que viria…

… então, veio o nada. Um imenso e vazio branco ofuscante, uma vertiginosa queda sem fim. O homem do Santana tentava desesperadamente agarrar algo para que aquela queda sem fim terminasse de uma vez. Em seus ouvidos, zumbiam um barulho de vento tão alto que era quase insuportável, seus olhos não conseguiam se abrir sem que lhe fossem arrancadas lágrimas de desespero…

… então, ele alcançou o fim com um estampido seco. Sentiu terra sob suas mãos que tocavam aquele solo misterioso. Abriu os olhos. Estava em uma sala incolor, sem saída. Acima de sua cabeça, havia apenas o túnel branco por onde caiu durante boas horas. Não tinha comida a vista e nem água…

… então, ele viu. O que era aquilo? Sim, eram ossos humanos. Humanos? Sim, alguns ainda em estado de putrefação. Seu irmão, o rosto carcomido por larvas brancas e gordas, que saíam aos borbotões de seu globo ocular. Humanos? Todos eles, não. Alguns eram de pequenos animais domésticos e…

… então, ele viu. Uma figura horripilante: pedaços de carne apareciam por entre rasgos de sua pele. A pele era translúcida, azulada, arroxeada e salpicada de sangue. Os andrajos que vestiam seu corpo médio tinham cheiro de covas reviradas. Seus olhos eram totalmente dourados e reluziam por entre os cabelos molhados que pingavam em sua testa. A boca daquele ser tinha dentes afiadíssimos e o som que saía de lá era enlouquecedor:  “Silenciosamente cantarei/por sua alma/Acredito que será/elevado ao puro céu/Por sua alma”; “Silenciosamente cantarei/por sua alma/Acredito que será/elevado ao puro céu/Por sua alma”; “Silenciosamente cantarei/por sua alma/Acredito que será/elevado ao puro céu/Por sua alma”. 

No chão, o lilás brilhante manchava-se com tons de vermelho. A cidade poderia suspirar aliviada por outros cinco anos. 
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Bonjour, meu nome é Bruna. Sou uma ratinha de biblioteca, adoro fotografar a natureza, andar por ruas desconhecidas e escrever tudo o que me vem a cabeça. Obrigada por visitar o meu jardim. Abra seus olhos e amplie sua imaginação. Talvez você precise bastante por aqui.

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