Entrevista: Maria Eduarda Nogueira, ig Conteúdo Que Importa

by - julho 20, 2020

fonte: @meduardanog

A Maria é uma menina doce, inteligente e determinada que tenho orgulho de chamar de "filhota". Afinal, sou sua veterana na faculdade e ela me deu o privilégio de poder fazer parte de sua família universitária. Sou muito chique, né? hahaha. Mas, para além do meu óbvio amor de amiga por ela, preciso dizer que ela é uma profissional incrível para além das minhas lentes cor-de-rosa. E me inspira muito com a sua dedicação pelo gerenciamento de mídias sociais, uma área que ela tira de letra.

Junto com sua paixão pelo design, ela criou um Instagram (com um feed organizadinho, ai ai ai) que dá dicas para nós, criadores de conteúdo, para bombar nossas redes sociais e nossos blogs, mas continuando a produzir conteúdos que se identificam conosco e que importam para as outras pessoas. Quer conhecer mais um pouquinho dela e do seu projeto lindo? Vem conferir essa entrevista!

O que te fez criar um IG?

Sempre gostei muito de consumir conteúdo no Instagram, de diversos nichos. E aí já tinham alguns meses que eu estava vendo muita gente lançando projetos legais na rede, principalmente relacionados à comunicação, que é a minha paixão. Então, resolvi juntar as duas coisas em uma experiência meio metalinguística: falar de comunicação digital em uma rede social. 

Como você decidiu o título dele?

Foi uma coisa que surgiu do nada hahah eu sempre falei muito para meus amigos mais próximos sobre como a internet era cheia de conteúdos que não agregavam de verdade aos seguidores. Uma prática que eu acho total furada é a tal do vídeo de recebidos, porque no fundo você não traz nada que realmente informa e ajuda seu público a consumir mais conscientemente, você apenas mostra o que uma empresa te mandou para aumentar o alcance de marca dela. Então, em um insight muito espontâneo, eu resolvi pelo "Conteúdo que importa", que de bônus tem uma sigla bem fácil (CQI). E quando eu falo conteúdo que importa não é tentando classificar os nichos – um conteúdo sobre maquiagem não importa menos que um sobre história – mas sim valorizar a autenticidade em todos os ramos.

Quais são suas maiores inspirações na hora de produzir conteúdo para ele?

Gosto muito do Tiago do "Tira do papel", da revista Glamour, da Manu Gavassi e de sua agência Cute but Psycho (que na minha opinião é um super case de autenticidade). Adoro o perfil da Nina Talks, apesar de não ser o mesmo ramo que o meu. Também bebo muito na fonte de inspiração do Pinterest quando penso no design dos posts.

Qual é o seu objetivo ao ensinar as pessoas a produzirem conteúdo para as redes sociais?

Acho que o principal é mostrar para todo mundo que a produção de conteúdo não deve ser restrita a quem tem mais de 10 mil seguidores. O conteúdo que importa é aquele autêntico e ponto. A micro influência que você pode exercer em suas redes sociais pessoais pode ser muito poderosa. Por exemplo, no meu Instagram pessoal eu falo muito sobre leitura e já recebi diversas mensagens de pessoas falando que retomaram o hábito de leitura influenciadas pelo meu conteúdo. 

Você acredita que as redes sociais serão o futuro para todos os criadores de conteúdo?

Não só o futuro como, na minha opinião, é o presente. Pensar em conteúdo offline hoje é bem difícil, pelo menos pra mim. Como parte da geração de nativos digitais, a internet está intrínseca no meu processo criativo e no que eu enxergo para meu futuro profissional. Mas nesse ponto acho importante ressaltar que o modo que os criadores de conteúdo se comportam nas redes sociais não deve ser diferente de suas personalidades no "mundo real". Essa dissonância de discurso pode acabar com toda a autoridade e influência que um creator conquistou. É um pouco do que vimos no caso da Boca Rosa no BBB: apesar de sempre falar de girl power em suas redes, mostrou algumas atitudes não tão feministas assim que geraram seu "cancelamento".

fonte: @conteudoqueimporta

Você poderia dar dicas rápidas para quem tem um blog, por exemplo, e quer expandir sua produção para as redes sociais?

A primeira coisa que eu diria é identificar em qual rede social o seu conteúdo se encaixa mais. Hoje em dia tem muita gente no Instagram e esse costuma ser o caminho mais seguido, porém é importante olhar para outras redes também. Por exemplo, estamos vendo uma expansão enorme do TikTok, com "anônimos" conseguindo milhares de seguidores em poucos meses. 

Também recomendaria investir no Pinterest, porque é uma das redes que mais dá tráfego para o blog. E geralmente um tráfego mais qualificado, porque as pessoas não clicam em links no Pin a não ser que estejam genuinamente interessadas. 

Por último, uma dica que daria para todo criador de conteúdo: valorize a autenticidade. Seus traços de personalidade podem ser o que vão diferenciar você do resto. 

O que te fez criar um IG e não qualquer outra plataforma?

A identificação entre o tipo de conteúdo que eu gostaria de produzir e os recursos da plataforma. Sou uma pessoa que valoriza demais o aspcecto visual e o IG é uma rede que prioriza isso. E também o fato de que eu estou no Instagram o tempo todo haha é a rede social mais familiar pra mim e onde está a maior parte do público que eu quero atingir: jovens interessados em comunicação digital e discussões sobre influência.

Você já pensou em desistir do IG? O que te fez ter esperanças para continuar?

Por mais que o CQI seja bem novinho, já pensei sim. Acho que por mais questão de autossabotagem, por não me achar boa o suficiente. O algoritmo pode ser cruel às vezes também. Mas o que mantem minhas esperanças é meu fascínio pela comunicação digital e por acreditar que posso mudar o jeito que as pessoas consomem e produzem conteúdo na internet. Nem que eu impacte 2 pessoas, já sinto que é missão cumprida.

Qual é a mensagem que você deseja passar com seus posts? O que é um "conteúdo que importa" para você?

O lema do CQI é "comunicação digital para quem valoriza autenticidade", então minha mensagem está diretamente relacionada a isso: seja autêntico, você pode se tornar um produtor de conteúdo na internet e exercer uma nano (ou macro) influência nas pessoas. Conteúdo que importa é aquele não pensado para números, mas sim para pessoas reais atrás das telas. É aquele que não segue fórmulas padrões só porque todo mundo está fazendo ou porque aquele é o "jeito certo" de viralizar. 

Você quer acrescentar algo que deixei passar?

Queria ressaltar que o objetivo do CQI é atingir tanto os creators profissionais como os amadores. Embora com níveis diferentes de exigência, uma coisa é certa para ambos: produzir conteúdo não é algo fácil e isso deve ser valorizado. 

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8 comentários

  1. Que entrevista ótima! Concordo tanto com a Maria Eduarda, e achei que ela foi tão inspiradora em tudo o que apontou...

    Obrigada, às duas, por esse conteúdo importante!

    Um abraço,
    Larissa

    As moscas na janela

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    1. Obrigada, Larissa! Esse tipo de comentário me faz querer criar ainda mais conteúdo. Espero que goste do CQI <3

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  2. Duas mulheres incríveis conversando só poderia dar nisso: uma entrevista direta e cheia de aprendizado <3 Parabéns, gente <3

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    1. Obrigada por visitar o meu cantinho, miss Mayumi (hihi). Você também é uma fonte de inspiração para nós duas, e sabe muito bem disso! Visite aqui sempre que quiser, ok?

      Beijos açucarados e au revoir

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  3. Oi, Bruna como vai? Puxa, que entrevista encantadora. Deixo aqui registrado o meu parabéns a entrevistadora e a entrevistada. Adorei pode conferir essa entrevista. Abraço!


    https://lucianootacianopensamentosolto.blogspot.com/

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    1. Bonjour, Luciano. Ça va?

      Fico contente por ter gostado da entrevista com a Maria, ela é demais e produz um conteúdo inteligente que ajuda a nós todos, influenciadores digitais, a continuar postando coisas de qualidade para nosso público.

      Au revoir!

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  4. Grato por trazer algo novo para mim. Aprender assim é sempre muito interessante.
    Abraço!

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    1. Bonjour, Neyborba. Ça va?

      Tenho certeza de que a Maria ficará muito feliz ao ler o comentário do senhor por aqui, viu?

      Au revoir

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