Resenha: Oliver Twist - Charles Dickens

by - julho 14, 2020


Inglaterra, século XIX. Oliver Twist chegou ao mundo numa noite bem fria e nada promissora. A mãe morreu em seguida, e ninguém tinha a menor ideia de quem fosse o pai. Órfão e pobre, o menino passou por todo tipo de privação, até ser vendido a um coveiro. Maltratado, acabou fugindo e foi viver nas ruas de Londres, onde conheceu Fagin, chefe de uma quadrilha de meninos especialista em furto de joias. É o início de uma história comovente, cheia de desafios e reviravoltas. Obrigado a roubar, Oliver começa a se meter numa grande enrascada, mas nem imagina que, em meio a tamanha confusão, o destino trará à tona os segredos de sua origem.

Aventura - Clássico // 352 páginas// Principis//nota: 5/5

A minha história com Oliver Twist é de longa data. Foi pensando em ler ele que, acidentalmente, comprei Tom Sawyer e me apaixonei. E depois de tantos anos querendo ler Dickens, encontrei essa edição ao acaso e não pensei duas vezes antes de a comprar.

Pensando em retrocesso, fico feliz por não ter lido Twist antes. Eu era muito nova para uma história tão complexa e densa como essa. Isso porque o livro traz uma Inglaterra suja em todos os sentidos: é o submundo de Londres o local que mais temos contato ao longo da história, recheado pelo que não associamos com a Inglaterra de hoje - pobreza, degradação, bandidos e a realidade cruel de um período tão romantizado, a época vitoriana.

Aqui acompanhamos a jornada de Oliver, um órfão que, desde cedo, foi maltratado por quem deveria cuidar dele e que se vê sozinho tendo que enfrentar as mazelas do abandono. Ele, então, acaba nas garras de Fagin, um personagem tão complexo quanto o resto do livro, que comanda quase toda a bandidagem de Londres e pega Oliver para ser um de seus pequenos batedores de carteira.


Mas, o coração gentil e bondoso do garoto não se corrompe com o meio em que vive. E, depois de muitas aventuras, acaba encontrando seus pares em meio a uma intriga familiar que o ajudará a conhecer suas origens.

Para além da aventura, o livro foi para mim um lembrete constante do quanto é importante nós conhecermos todos os lados da História. Nada do que Dickens já esperava fazer com sua obra, aliás, já que ele é o mestre em retratar a Inglaterra pela ótica dos menos abastados. Sua escrita é dinâmica, mas principalmente, ácida, beirando ao sacarsmo. Ele conversa com a gente e nos fazer ver que também somos culpados pelo que Oliver, e tantos outros, sofrem por não serem privilegiados.

Mas, apesar de tantas ironias e tanto realismo, o livro termina com uma mensagem de esperança e paz. Confesso que isso foi um alento para o meu coração que já não aguentava mais ver o pobre do Oliver sofrer! Mas, é inegável dizer que outra parte do livro, senão o fim de todos os "vilões" da história, foi a melhor! Principalmente a de Fagin...


E você, já leu ao livro? O que acharam dessa obra clássica da literatura britânica?

Confesso que todas as vezes em que penso em Charles Dickens, a musiquinha da série Horrible Histories, da BBC, fica tocando em looping na minha cabeça, haha.


Essa música é a minha favorita da série inteira e sempre encontrarei um jeitinho de a compartilhar com mais pessoas por aí, hihi.

Au revoir.

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4 comentários

  1. Respostas
    1. Bonjour, miss Teresa. Ça va?

      Leia sim! Tenho certeza de que irá gostar muito, pois é um clássico da literatura mundial e tem muito a que nos ensinar sobre empatia, coragem e retidão. Além disso, é uma aventura eletrizante, daquelas que a gente não consegue largar, sabe?

      Beijos açucarados e au revoir

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  2. Estou lendo e amando. Comprei essa mesma edição por uns 10 reais e é linda. Adorei a resenha.

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  3. Comprei o livro recentemente. Espero ser uma boa experiência.

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