Já faz alguns dias que estou me sentindo bem nostálgica. Ontem, eu fui procurar sobre a moda Lolita, uma J-Style que eu adorava quando era pré-adolescente, mas que fui deixando de acompanhar por conta da correria do dia a dia. Isso fez com que eu encontrasse alguns canais no YouTube sobre o tema, inclusive o Sussurro do Coração e acabei me encantando pela temática novamente.
Assiste vídeo daqui, assiste vídeo de lá, eu descobri que além de falar sobre a moda Lolita, a Ichigo (dona do blog e do canal) também era uma ativista da moda Fairy e produzia diversos conteúdos sobre esses seres mágicos. Vocês não poderiam adivinhar a minha cara de felicidade quando eu encontrei vídeos tão interessantes e fofos que ela fez sobre esse tema que está no meu coração também!
Um dos posts que mais me chamaram a atenção no blog dela (que leva o mesmo nome do canal) foi a tag do Pó de Fada. Achei ela tão fofinha que não pude deixar de responder a ela em meu jardim secreto também. Espero que vocês gostem do post de hoje e já deixem nos comentários o link para as respostas de vocês também, tá?
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1- Qual sua flor favorita?
Eu gosto de muitas flores e sempre fico muito contente em tê-las espalhadas pelo meu quarto, sejam frescas e cheias, sejam secando de ponta cabeça, ou mesmo prensadas no meu Caderno dos Sonhos. Mas, atualmente, a minha flor favorita é o Girassol. Sempre uso a versão de plástico dessa plantinha nas composições de fotos para o Instagram do blog, vocês perceberam?
2- Qual seu doce favorito?
Chocolate! Mas, pensando em doces mais "compostos", eu gosto muito de eclairs, pastel de Belém, torta de chocolate, torta holandesa, sorvete três camadas e o bom e velho doce de leite.
3-Qual (ou quais) é o seu Conto de Fadas favorito?
São tantos também, hihi. Mas, olha, eu gostei muito de um Conto de Fadas que li recentemente que se chama "A Fada do Mar", escrito por Marie Jeserich Timme, e que havia sido disponibilizado em PDF pela Editora Wish. Aliás, Editora Wish essa que é uma das minhas favoritas justamente por ser especializada em livros de fantasia/contos de fadas. Se você gosta dessa temática, assim como eu, recomendo que dê uma olhadinha no site deles. Tenho certeza de que não sairá de lá sem um livro.
4- Como seriam as suas asas caso você as tivesse? Descreva-as ou ilustre-as. (Tamanho, forma, cor...)
Eu sempre pensei em minhas asas como as asas da Rani, personagem do meu livro precioso chamado "A Terra do Nunca e o Segredo das Fadas". No livro, tem uma cena em que a Rani corta as próprias asas para conseguir realizar seu sonho, que é nadar junto com as sereias. Para ilustrar isso, o artista desenhou as asas de Rani no chão e a forma delas ficou guardada para sempre em minha memória: pontuda nas duas pontas, mas arredondada. Ela é translúcida, porém tem toques de azul e rosa mesclados ao longo das asas. O padrão delas lembra bastante conchas do mar e espirais, o que achava tão lindo na época que comecei a desenhar esses padrões em meus cadernos. Acho que adoraria ter asas assim.
5-Uma música para dançar na floresta a luz do luar
6-Como você espalha seu pó de fada (energia/sentimentos positivos) por aí?
Acho que o blog em sua coletividade (junto com as redes sociais e o YT) são o meu maior espaço para que eu possa falar sobre esse assunto. Eu fico tão feliz quando recebo o retorno de vocês por coisas que posto, e fico mais feliz ainda quando vocês me dizem que o blog pode ajudar de alguma forma para deixar o dia de vocês um pouco melhor. Porém, eu me esforço para fazer com que meu dia a dia seja mágico no sentido de magia que acredito: repleto de luz, positividade, empatia e gentileza. Não é uma tarefa fácil, às vezes, mas me orgulho das vezes em que sinto que pude ter um dia assim.
7- Cite 3 coisas que você é grato (a)
Eu sou grata pelo amor que recebo; eu sou grata pelas minhas conquistas (grandes e pequenas); eu sou grata pela natureza que me cerca e por conseguir valorizá-la a altura.
Pessoal, a Ichigo pediu que a tag tivesse indicações de compartilhamento para que o pó de fada se espalhasse mais e mais entre a população da Internet. Por isso, vou deixar sugestões de blogs amigos em que eu adoraria ver essa tag compartilhada. São eles:
- Uma Doce Melodia
- Twee
- Antique Faerie
- As Moscas na Janela
- Constelação 23
- Encantos Diários
- Poético Diário
E todos os queridos amigos que me seguem, sintam-se a vontade para responder à tag. E não deixem de me marcar para eu ver as respostas de vocês também, por favor.
Gostaram da tag? Beijos açucarados e au revoir.
Percebi que não estou fotografando tanto quanto gostaria, e poderia, durante esse período de pandemia. Estou produzindo para o Instagram, mas considero fotos mais institucionais do que uma expressão genuína do meu gosto por fotografias... Às vezes, produzimos por produzir.
Essas fotos aí de cima, algumas entraram para a produção das redes sociais do blog, outras não. Porém, gosto de todas e sou muito grata pelo momento em que as capturei. Espero que tenham gostado, hihi.
Uma pergunta: o que acham da super produção para o Instagram? Confesso que estou ficando um tanto quanto saturada, mas seguirei firme, pois sei que muitas pessoas gostam do que produzo. Por hoje é só isso mesmo, mes amis.
Au revoir.
Confesso que sou preconceituosa com músicas cantadas por grupos. Esse preconceito já me afastou de várias febras musicais durante a minha pré-adolescência, e também de algumas ondas de nostalgia que surgiram durante a minha juventude. Em meu extenso - e curto - catálogo musical não existiam nomes como One Direction, Backstreet Boys, RBD e Spice Girls... Também não existia BTS.
Na época, eu não dei muita bola. Eu fui ouvir DNA, mas, sem pesquisar a tradução da letra, o clipe passou por mim como uma produção bonita com uma dança legal, e só. O BTS se tornou apenas mais um artista pop para mim que eu gostaria de ouvir às vezes no carro. Porém, o ano de 2020 me trouxe diversas ressignificações e, junto com elas, Stay Gold.
O clipe de Stay Gold me deixou extasiada. O ambiente era tão lindo (ps: os cenários deles são reais, acreditam?) e o refrão me fisgou na hora, o que fez com que eu quisesse pesquisar a tradução da letra rapidinho... E qual não foi minha surpresa quando descobri que ela falava sobre tudo o que desejo passar com o blog: sermos sempre como ouro, positivos e alinhados com o verdadeiro eu mais bonito que possamos ter.
Porém, confesso que a minha saga pelo B.U (Bangtan Universe) aconteceu mesmo depois de eu ouvir o hino chamado Dynamite. Se você acessou o YouTube nos últimos dias, com certeza já deve ter assistido um pouquinho do clipe de Dynamite, afinal ele atingiu a incrível marca de mais de 200 milhões de visualizações desde o seu lançamento. A música dançante e com diversas referências à cultura pop mundial dos anos 90 arrebatou o coração de muitos que ainda não haviam se tornado fãs assim como o meu.
Faz três semanas que eu caí no buraco de minhoca do BTS. E, mes amis, eu preciso compartilhar todo o meu amor pelos meninos em todos os lugares em que passar, inclusive no blog, claro. Por isso, eu vou indicar os meus MVs preferidos dos meninos (inclusive alguns do meu bias Jin hihi) para que vocês arroxeiem o coraçãozinho de vocês também. Ah, e já deixem nos comentários qual é o seu bias hein?
(bias é o seu membro favorito do grupo. O meu é o Jin por muitas razões que posso compartilhar com vocês em outro post se quiserem)
1. Epiphany
2. Mic Drop
3. Blood, Sweat and Tears
4. Black Swan
5. Magic Shop
6. Idol
7. Awake
8. UGH!
Faixa bônus: Daechwita - Agust D (esse é o alter ego do Suga, um dos membros do BTS)
E aí, mes amis? Gostaram dos clipes (desculpa eu sou muito idosa já para conseguir incluir MV no meu vocabulário, hahaha)? Já tinham se arroxeado antes ou entraram na onda hallyu desde já?
Au revoir.
Esse conto foi baseado no projeto que a Aione, do blog Minha Vida Literária, está produzindo. Por favor, assim que terminar a ler o meu texto, vá até o cantinho dela para a prestigiar. Está bem?
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Eu te amei quando não sabia o que era amor.
Meus cabelos se encaracolavam na nuca e se enchiam nas pontas, dando a forma de um mini cogumelo para a minha pequena cabeça. Tudo em mim me escondia do mundo: o cabelo volumoso, os óculos de aro verde que me faziam parecer parte de um conjunto da Bossa Nova; o livro (não me lembro qual, mas talvez fosse Romeu e Julieta) que era folheado a cada segundo; a timidez, um muro intransponível que, olhando hoje, nunca me levaria até você.
Mas, e você? Lembro-me que caminhava ao lado de Don Juan com um sorriso despreocupado no rosto. A fama não precisava atingi-lo, muito menos o coração daquelas que dividiam consigo a sala de aula. Aliás, nem mesmo qualquer outro tipo de fama o atingia naquela época: diferente de mim, sempre requerida nos dias de prova, você podia desfrutar da anonimidade de um aluno mediano. Não que isso seja um defeito. Para mim, naquela época, era uma qualidade que eu nunca viria a saborear.
Eu lembro do seu sorriso. Até hoje, esse é o meu tipo de sorriso favorito (confesso que só pensei nisso agora. Acho que os psicólogos estão certos quando dizem que a infância marca muito a nossa construção de mundo): um blending perfeito de graça pueril e marotagem, quase sarcástica. Você sorria assim quando a cavalaria de Juan fazia um comentário qualquer durante a aula. E sorria assim para ela, a que nunca te veria como você queria que o visse naquele tempo. Porém, não posso ser injusta. Você também sorriu assim para mim uma única vez... A vez do bombom.
Como eu disse mais acima, eu te amei quando não sabia o que era amor. E, portanto, não era proficiente na arte de amar. Eu queria que você soubesse o que eu sentia, é claro. Mas, a menina que habita em mim era incapaz de escolher as palavras certas para compor uma frase coerente que te dissesse: eu gosto de você. Não sei se você sabe, mas as palavras são entidades com vida própria e independem de nós, humildes seres humanos, para viverem. Decerto, elas encontraram um jeito de resistirem e ultrapassarem a parede lodosa que me cercava na infância, chamada "timidez". Foram em busca de algo mais forte e corajoso: encontraram as atitudes. Um acordo foi velado no subconsciente... E no dia, eu pude dizer que gostava de você de alguma forma.
Foi o fatídico dia do bombom. Eu tinha um exemplar no bolso do moletom e esperava o momento certo para o colocar em sua carteira. Era para ser um presente anônimo, como a sua presença neste relato. Mas, os amigos são péssimos às vezes. E o anonimato se deflagrou em mil olhares e centenas de risadinhas constrangedoras quando o anjo da mortificação anunciou: "ela tem um presente pra você!" em alto e bom som no meio da sala de aula. Juro, caro anônimo, que eu não poderia ter ultrapassado o vermelho das maçãs de Éden de forma mais eficaz do que naquele dia. Mas, depois do fundo do poço, você só pode olhar para cima... E quando olhei, a luz que emanava da superfície era aquele seu sorriso pronto para me agradecer.
Se eu desconfiava que você sabia que eu te amava, naquele dia, e para o resto dos outros dias nos quais dividimos a sala de aula, era certeza. Ao contrário do que eu esperava, você passou a olhar para mim desde aquele dia: não mais como a menina que poderia te ajudar em momentos de desespero cognitivo, mas como a única que te enxergava diferente no meio das outras trinta e tantas pessoas que habitavam o mesmo colégio do pretérito imperfeito. Você passou a corar a me ver, caro anônimo. Você, a Lua que conseguiu conquistar a Terra, mesmo tão próxima ao Sol.
Mas, eu não dei os motivos pelos quais eu amava você naquela época. Além de seu sorriso, a gentileza que tinha ao lidar com seus amigos e, principalmente, com os estranhos me encantava. Os seus cabelos encaracolados também: mais um ponto para você, por definir padrões intrínsecos às veias e artérias do meu miocárdio que se estenderiam até os dias de hoje. Entretanto, se você me pedir mais motivos pelos quais eu gostava de você, peço perdão por não atender aos seus anseios. Eu era apenas uma criança: eu também amaria você por motivos bem menos subjetivos como se você me trouxesse um chocolate por dia, todos os dias da semana.
Não fique triste, caro anônimo. Você foi realmente importante para mim: o que os sentimentalistas e roteiristas de comédia romântica barata para televisão chamam de "primeiro amor". Você fez meu coração pulsar em um ritmo diferente do que eu estava acostumada; você me fez chorar lágrimas amargas também quando percebi que não corresponderia aos meus sentimentos por você; e me fez cantarolar no banho por uma semana quando deu o ar da graça em minha festa de aniversário de onze anos. Por todos esses momentos, obrigada, caro anônimo.
Mas, sabe, você se cristalizou no tempo. Você se tornou um daqueles personagens de livro que a gente pensa que conhece bem, e que vai amar para sempre apenas porque fez parte de nossa infância, mas que quando os revisitamos, se tornam simples demais as nossas mentalidades adultas. Você se tornou o Mickey na minha extensa biblioteca de memórias e recordações. Por isso, caro anônimo, não se preocupe em me aceitar no Facebook como amiga. Aquela tímida garota dos óculos verdes já não existe mais.
Um balneário tranquilo, uma loja abandonada, um apartamento pequeno. É isso que espera Polly Waterford quando ela chega à Cornualha, na Inglaterra, fugindo de um relacionamento tóxico. Para manter os pensamentos longe dos problemas, Polly se dedica a seu passatempo favorito: fazer pão. Enquanto amassa, estica e esmurra a massa, extravasa todas as emoções e prepara fornadas cada vez mais gostosas. O hobby se transforma em paixão e ela logo começa a operar sua magia adicionando frutos secos, sementes, chocolate e o mel local, cortesia de um lindo e charmoso apicultor. A padaria dos finais felizes é a emocionante e bem-humorada história de uma mulher que aprende que tanto a felicidade quanto um delicioso pão quentinho podem ser encontrados em qualquer lugar.
Romance (chick-lit) // 358 páginas // Arqueiro // nota: 4/5
Esse é o segundo livro que leio da autora e já posso dizer que, definitivamente, a Jenny conquistou meu coração de leitora! Sua escrita leve, fluida e divertida é um alívio nesses tempos difíceis, além de ela sempre me proporcionar viagens cheias de riqueza pelas cidades britânicas. O que eu adoro, claro!
Neste livro, acompanhamos a jornada de Polly em uma nova cidade localizada na costa britânica e que tem marés tão altas que inundam as saídas de lá por horas a fio. Polly se mudou pra lá depois de falir e ter seu relacionamento com o namorado e sócio rompido pelas dificuldades da situação.
Mas, sem querer ficar se lamentando, parada em um cantinho escuro, ela decide começar a fazer pães pros vizinhos e o negócio sai tão bem que expande rapidamente. Mas, será que a nova vida de Polly vai ser mais positiva do que a que tinha antes?
Como eu disse mais pra cima, o livro é um aconchego. A protagonista foi uma fonte de inspiração pra mim, sempre tentando se superar e seguir em frente. Mas, o livro traz também boas doses de humor nas figuras dos melhores amigos de Polly, com direito a um casamento inspirado em Star Wars lá pro final.
A edição da Arqueiro tá um chuchu. Minha parte favorita são as receitas de panificação originais no apêndice. Assim que eu fizer uma delas, trago aqui pra vocês verem como ficou! Mas, mesmo com tantos pontos positivos, achei a leitura um pouco arrastada no meio e os momentos que eram pra ser super tristes, não tiveram a força que eu esperava. Mesmo assim, é um livro ótimo para relaxar enquanto comemos uma deliciosa fatia de torta de chocolate, sabe? Haha.
E você, já leu o livro? O que achou? Beijos açucarados e au revoir.
Bonjour, mes amis. Ça va?
A última vez em que dei as caras por aqui, compartilhei o mais novo vídeo do canal do blog: a tag The Happy List Book Tag. Mas, desde então, acabou que eu tive alguns problemas em postar na plataforma do blogger e não conseguia salvar as postagens em texto por aqui. Peço desculpas por ficar tantos dias sem postar :(
E nesse meio tempo, acabou que eu me dediquei com muito afinco ao canal do blog. Por isso, quero compartilhar hoje com vocês um mini update de tudo o que postei por lá nesse ínterim sem blogger. Vamos lá?
1. Vamos conversar sobre o Jogo do Contente do livro Pollyanna?: neste vídeo, eu conversei com vocês sobre a possibilidade concreta de jogarmos o jogo do contente ainda nos dias de hoje. Você acha que é possível? Eu acredito que sim e te dou os motivos :)
2. As lições de Good Witch para o nosso dia a dia: essa série da Hallmark conquistou meu coração há um tempinho... E no vídeo aí debaixo eu faço a resenha dela, e explico os motivos de a magia estar em qualquer lugar!
3. Playlist do Contente: tem músicas de Harry Styles, BTS, The Gothard Sisters, Mika e muito mais! Esse vídeo é ideal se você está passando por uma fase super musical, assim como eu estou passando agora.
Lembrando que amanhã sai vídeo novo lá no canal do blog. Sempre posto às 7h da manhã! Conto com a visita de vocês nessa linda extensão do meu jardim secreto, ok? E não esqueça de curtir os vídeos, comentar, se inscrever no canal e ativar o sininho, por favor.
Beijos açucarados e au revoir.
Depois de muitos dias em que fiquei extremamente triste...
- (dias azuis como o céu de Brigadeiro) -
pedi ajuda aos amigos que compartilham comigo este universo em bytes.
Foi aí que uma amiga poetisa, tão querida, me revelou um segredo:
"troque o novo pelo antigo"...
Uma frase de Esfígie, uma solução descoberta.
O blog voltou como num passe de mágica. Olá novamente.
O vídeo da quarta-feira passada no canal do YouTube do blog foi as minhas respostas para a The Happy List Book Tag, uma tag literária criada pela Melina Souza - dona do blog Tea with Mel - e que, acredito, é a tag perfeita para a vibe do canal.
Vem conferir as minhas resposta e já se inscreva, ative o sininho e comente por lá também.
Beijos açucarados e au revoir.
Sentada no sofá.
Cheiro de pinho e café no ar incandescente.
Suspense em notas a la Hitchcock.
Um sorriso refletido no caco de um espelho quebrado.
A reflexão de mil sorrisos em mil olhares de mil espaços siderais.
Ele refletia também um pedaço solto de tule rosa.
Sonhos inspirados em Tchaikowsky.
Uma tarde cinza de inverno despontava lá fora.
Olá, mes amis. Como vocês estão? Espero que estejam todos bem, corajosos e fortes!
Por aqui, eu estou muito contente, pois estou dando vazão aos meus projetos pessoais para o blog e, além disso, hoje mesmo comecei a fazer parte de um clube do livro, algo que sempre quis fazer. Legal, né? Ah, e lá pelo YouTube do blog também tem novidades com a estreia do segundo vídeo.
O tema? Psicologia Positiva! Vai lá conferir mais sobre o que eu falei e não esquece de já deixar seu curtir, se inscrever no canal e ativar o sininho para receber as notificações, ok?
Acho que por hoje é só. Beijos açucarados e au revoir.
ps: eu também estou maratonando "Rei Eterno" e "O que há de errado com a Secretária Kim", e tô triste por eles estarem se aproximando do final. E eu também assisti ontem a "Grande Gatsby", filme que não foi nada do que eu esperava, mas que me conquistou da mesma forma, e me fez relembrar o quanto é gostoso ouvir a uma aula de literatura, haha.
Na parede branca de mármore, havia um botão piscando em vermelho. Acima dele, uma seta indicava o caminho do teto, gigante em abóboda, feito de vidro, seguro por estruturas de ferro pintados de preto. Mal-pintados. A cor prateada do ferro original já era visível através de grandes lascas de tinta perdida.
O outro adorno do botão, mais uma seta, indicava o caminho do chão. Ele era feito do mesmo material das paredes que sustentavam o botão. Mármore branco, ostensivo, predatório. Não havia nenhuma mácula no chão em que ela pisava... Seus cabelos presos em um coque apertado não tinham mais a capacidade de desflorar-se no chão, lançando pequenas esporas feitas de queratina. Os seus sapatos também não tinham deixado nenhuma pegada: sua presença ali, como talvez as de várias outras pessoas que chegaram naquele lugar, não era marcada no tempo.
O botão acionava um elevador.
Assim que ela se aproximou da portinhola que o guardava, o elevador abriu-se automaticamente, revelando-lhe um interior tão branco quanto a sala em que estava.
Ela entrou.
O elevador não tinha música ambiente. Apenas o som das engrenagens que o levavam para cima, para cima, para cima. Ainda sim, para cima. O elevador parecia que percorria o espaço entre o céu e a terra. Ficaria ele nas costas do gigante Atlas? A extensão do caminho lhe parecia que sim, mas sabia que era um pensamento absurdo. Chegaria ao destino pretendido - qual era mesmo? - há tempo. Porém, o elevador não parava de a conduzir para cima, para cima, para cima.
De repente, assim como ele surgiu em sua visão, o elevador parou. As portas se abriram e ela se viu dentro de um corredor.
Lá não haviam paredes. Era apenas o chão, de assoalho cinza, e grades de contenção feitas do mesmo ferro que cobria o teto abobadado da primeira estação. A ela, parecia que estava em lugar completamente diferente: tinha a sensação de estar em um hospital abandonado. Um manicômio.
A sua frente, despontava outro botão, outra luz vermelha. Mais um elevador.
Ela sabia que tinha que entrar nele. Entrou.
O elevador era igual ao outro. Mas, uma coisa nele era diferente, não só do outro elevador, quanto de todos os elevadores nos quais ela já tinha viajado. Ao invés de levá-la para cima, ou para baixo, ele a conduziu para as laterais. Assim, ela foi para a esquerda, o peso de seu corpo não conseguindo a sustentar de pé como em um elevador normal. O empuxo a empurrou também para a esquerda, aonde percebeu que pairava uma cordinha de couro no ar a fim de que ela se segurasse durante o trajeto, o que ela fez.
Dessa vez, a viagem durou menos tempo. Em contagem de raio (um, mississipi; dois, mississipi), ela calculou uma distância de dois minutos. O elevador se abriu, ela saiu e estava em uma antessala comum de escritórios multinacionais.
A situação se repetiu. Mas, dessa vez, ela desceu.
A situação se repetiu. Mas, dessa vez, ela subiu.
A situação se repetiu. Mas, dessa vez, ela foi para o lado direito, acompanhada por um homem rechonchudo e de óculos, que olhava para uma pasta abarrotada de papéis de carta dos anos 1990.
E, a situação se repetiu, se repetiu, se repetiu. Exaustivamente, ela entrava em um elevador, viajava por alguns minutos, saía e se via em uma antessala, corredor, sala, espaço aberto, o qual guardava outro elevador para um novo trajeto.
Se via alguém, ela perguntava a pessoa aonde estavam indo. Mas, assim como ela, ninguém conseguia lhe responder o que estava acontecendo. Para que tantos elevadores? Para que, se eles não levavam a lugar algum?
Tinha vezes em que ela nem saía do elevador. Ela só trocava de um elevador para outro, como em uma estação de metrô. Às vezes, os elevadores eram feitos de vidro, que a permitiam ver o lado de fora: um lugar coberto de vegetação e prédios, que não a confortavam sobremaneira, mesmo que se parecesse tanto com a sua cidade natal.
Os elevadores eram infinitos. O espaço que ela percorria com eles também.
Porém, quando chegou o momento de entrar em mais um daqueles elevadores brancos, como os do início de sua viagem, ela sentiu que sua mente a puxava de volta, com força, para algum lugar. Parecia um elástico estendido que retornava ao seu ponto de partida... E então, ela abriu os olhos.
O sol lançava pequenos raios através dos espaços descobertos da janela. Era o início de um novo dia.
Ícone do meu canal do YT! |
Bonjour, mes amis. Ça va? Como vocês estão?
Por aqui, eu estou explodindo de felicidade, pois, finalmente, coloquei em prática um projeto que estava adiando há anos: criar um canal do YouTube para o blog la petite souris. Sim, você não leu errado: agora, o meu "jardim secreto" ganhou mais uma área de apoio e compartilhamento de amor - estamos no YT com um canal direcionado a tudo aquilo que me desperta felicidade!
Ontem, eu disponibilizei o primeiro vídeo - o vídeo de abertura - do canal e compartilhei com meus amigos mais íntimos só para ver se estava tudo certinho, antes de compartilhar com todos vocês que me seguem. Afinal, eu queria produzir o melhor conteúdo para vocês e não podia errar de forma nenhuma! Agora que sei que está tudo certinho, tchanam! Venham conferir o meu primeiro vídeo! hahaha
Como eu disse mais acima, o canal la petite souris será direcionado para falar sobre tudo aquilo que me desperta a felicidade. E que, acredito, ajudará vocês a encarar a vida de uma forma mais positiva também. Por exemplo, eu falarei sobre livros que trouxeram para mim reflexões positivas sobre a vida; sobre personagens (reais ou não) que me inspiram; filmes e séries que eu quero muito que vocês assistam, pois elas são uma fonte de esperança para o bem... Enfim, trarei para vocês todo o tipo de conteúdo cultural que esteja relacionado com essa área mais positiva.
O canal será como um Jogo do Contente em mp4, hahaha!
E sabe o que é melhor? Vocês, que me seguem por aqui, podem seguir meu canal do YouTube com facilidade! É só entrar com sua conta Google no YouTube, pesquisar na barra de pesquisas o meu nome (Bruna Diseró - não tem erro, pois meu sobrenome é muuuuuito diferentão) e encontrar o canal com um ícone de ratinho em fundo fúcsia/rosa claro. Daí, é só entrar e clicar em seguir! E, ah, já aproveita para ativar o sininho para receber todas as notificações de próximos vídeos (já estou preparando a pauta do segundo vídeo que, provavelmente será sobre Psicologia Positiva).
Eu vou deixar aqui o primeiro vídeo do meu canal pra vocês também. Talvez facilite para que vocês acessem o meu canal, porque é só clicar no ícone do ratinho, que a Internet redireciona direto pra lá. Como você já está linkado na conta Google, é só clicar em seguir.
Eu espero que vocês gostem do meu primeiro vídeo e que deem todo o seu apoio (tão importante para mim aqui no blog escrito) por lá também.
Au revoir!
A Maria é uma menina doce, inteligente e determinada que tenho orgulho de chamar de "filhota". Afinal, sou sua veterana na faculdade e ela me deu o privilégio de poder fazer parte de sua família universitária. Sou muito chique, né? hahaha. Mas, para além do meu óbvio amor de amiga por ela, preciso dizer que ela é uma profissional incrível para além das minhas lentes cor-de-rosa. E me inspira muito com a sua dedicação pelo gerenciamento de mídias sociais, uma área que ela tira de letra.
Junto com sua paixão pelo design, ela criou um Instagram (com um feed organizadinho, ai ai ai) que dá dicas para nós, criadores de conteúdo, para bombar nossas redes sociais e nossos blogs, mas continuando a produzir conteúdos que se identificam conosco e que importam para as outras pessoas. Quer conhecer mais um pouquinho dela e do seu projeto lindo? Vem conferir essa entrevista!
O que te fez criar um IG?
Sempre gostei muito de consumir conteúdo no Instagram, de diversos nichos. E aí já tinham alguns meses que eu estava vendo muita gente lançando projetos legais na rede, principalmente relacionados à comunicação, que é a minha paixão. Então, resolvi juntar as duas coisas em uma experiência meio metalinguística: falar de comunicação digital em uma rede social.
Como você decidiu o título dele?
Foi uma coisa que surgiu do nada hahah eu sempre falei muito para meus amigos mais próximos sobre como a internet era cheia de conteúdos que não agregavam de verdade aos seguidores. Uma prática que eu acho total furada é a tal do vídeo de recebidos, porque no fundo você não traz nada que realmente informa e ajuda seu público a consumir mais conscientemente, você apenas mostra o que uma empresa te mandou para aumentar o alcance de marca dela. Então, em um insight muito espontâneo, eu resolvi pelo "Conteúdo que importa", que de bônus tem uma sigla bem fácil (CQI). E quando eu falo conteúdo que importa não é tentando classificar os nichos – um conteúdo sobre maquiagem não importa menos que um sobre história – mas sim valorizar a autenticidade em todos os ramos.
Quais são suas maiores inspirações na hora de produzir conteúdo para ele?
Gosto muito do Tiago do "Tira do papel", da revista Glamour, da Manu Gavassi e de sua agência Cute but Psycho (que na minha opinião é um super case de autenticidade). Adoro o perfil da Nina Talks, apesar de não ser o mesmo ramo que o meu. Também bebo muito na fonte de inspiração do Pinterest quando penso no design dos posts.
Qual é o seu objetivo ao ensinar as pessoas a produzirem conteúdo para as redes sociais?
Acho que o principal é mostrar para todo mundo que a produção de conteúdo não deve ser restrita a quem tem mais de 10 mil seguidores. O conteúdo que importa é aquele autêntico e ponto. A micro influência que você pode exercer em suas redes sociais pessoais pode ser muito poderosa. Por exemplo, no meu Instagram pessoal eu falo muito sobre leitura e já recebi diversas mensagens de pessoas falando que retomaram o hábito de leitura influenciadas pelo meu conteúdo.
Você acredita que as redes sociais serão o futuro para todos os criadores de conteúdo?
Não só o futuro como, na minha opinião, é o presente. Pensar em conteúdo offline hoje é bem difícil, pelo menos pra mim. Como parte da geração de nativos digitais, a internet está intrínseca no meu processo criativo e no que eu enxergo para meu futuro profissional. Mas nesse ponto acho importante ressaltar que o modo que os criadores de conteúdo se comportam nas redes sociais não deve ser diferente de suas personalidades no "mundo real". Essa dissonância de discurso pode acabar com toda a autoridade e influência que um creator conquistou. É um pouco do que vimos no caso da Boca Rosa no BBB: apesar de sempre falar de girl power em suas redes, mostrou algumas atitudes não tão feministas assim que geraram seu "cancelamento".
fonte: @conteudoqueimporta |
Você poderia dar dicas rápidas para quem tem um blog, por exemplo, e quer expandir sua produção para as redes sociais?
A primeira coisa que eu diria é identificar em qual rede social o seu conteúdo se encaixa mais. Hoje em dia tem muita gente no Instagram e esse costuma ser o caminho mais seguido, porém é importante olhar para outras redes também. Por exemplo, estamos vendo uma expansão enorme do TikTok, com "anônimos" conseguindo milhares de seguidores em poucos meses.
Também recomendaria investir no Pinterest, porque é uma das redes que mais dá tráfego para o blog. E geralmente um tráfego mais qualificado, porque as pessoas não clicam em links no Pin a não ser que estejam genuinamente interessadas.
Por último, uma dica que daria para todo criador de conteúdo: valorize a autenticidade. Seus traços de personalidade podem ser o que vão diferenciar você do resto.
O que te fez criar um IG e não qualquer outra plataforma?
A identificação entre o tipo de conteúdo que eu gostaria de produzir e os recursos da plataforma. Sou uma pessoa que valoriza demais o aspcecto visual e o IG é uma rede que prioriza isso. E também o fato de que eu estou no Instagram o tempo todo haha é a rede social mais familiar pra mim e onde está a maior parte do público que eu quero atingir: jovens interessados em comunicação digital e discussões sobre influência.
Você já pensou em desistir do IG? O que te fez ter esperanças para continuar?
Por mais que o CQI seja bem novinho, já pensei sim. Acho que por mais questão de autossabotagem, por não me achar boa o suficiente. O algoritmo pode ser cruel às vezes também. Mas o que mantem minhas esperanças é meu fascínio pela comunicação digital e por acreditar que posso mudar o jeito que as pessoas consomem e produzem conteúdo na internet. Nem que eu impacte 2 pessoas, já sinto que é missão cumprida.
Qual é a mensagem que você deseja passar com seus posts? O que é um "conteúdo que importa" para você?
O lema do CQI é "comunicação digital para quem valoriza autenticidade", então minha mensagem está diretamente relacionada a isso: seja autêntico, você pode se tornar um produtor de conteúdo na internet e exercer uma nano (ou macro) influência nas pessoas. Conteúdo que importa é aquele não pensado para números, mas sim para pessoas reais atrás das telas. É aquele que não segue fórmulas padrões só porque todo mundo está fazendo ou porque aquele é o "jeito certo" de viralizar.
Você quer acrescentar algo que deixei passar?
Queria ressaltar que o objetivo do CQI é atingir tanto os creators profissionais como os amadores. Embora com níveis diferentes de exigência, uma coisa é certa para ambos: produzir conteúdo não é algo fácil e isso deve ser valorizado.
Nina Redmond é uma bibliotecária que passa os dias unindo alegremente livros e pessoas – ela sempre sabe as histórias ideais para cada leitor. Mas, quando a biblioteca pública em que trabalha fecha as portas, Nina não tem ideia do que fazer. Então, um anúncio de classificados chama sua atenção: uma van que ela pode transformar em uma livraria volante, para dirigir pela Escócia e, com o poder da literatura, transformar vidas em cada lugar por que passar. Usando toda a sua coragem e suas economias, Nina larga tudo e vai começar do zero em um vilarejo nas Terras Altas. Ali ela descobre um mundo de aventura, magia e romance, e o lugar aos poucos vai se tornando o seu lar. Um local onde, talvez, ela possa escrever seu próprio final feliz.
Romance (chick-lit) // 304 páginas // Arqueiro // nota: 4/5
Um dia, quando era pequenina, prometi a mim mesma que nunca leria romances. "Eu gosto é de aventuras, livros de verdade", dizia à época. Quando poderia imaginar, então, que resenharia um chick-lit pra cá?
E justamente seria um romance que me curaria de uma imensa ressaca literária? E que me inspiraria tanto com sua protagonista? Aqui, acompanhamos a história de Nina, uma bibliotecária que se vê quase demitida e precisa decidir o que fazer da vida depois que a biblioteca fechar. Tímida, ela não quer dar um passo tão ousado, mas não tem jeito: quando a ideia de montar uma livraria itinerante surge, ela parte para as terras da Escócia em busca de uma van e de seus sonhos.
Eu me identifiquei demais com a protagonista. Em tudo que a Nina fazia ou gostava, lá estava eu refletida: o amor por livros, sentir que lugares mais calmos e ligados à Natureza são meu lar, as pequenas ousadias que transformam a gente por dentro... Era como se Jenny tivesse se inspirado em mim para compor a personagem!
Assim, me vi envolvida pela história rapidinho! Adoro o prefácio do livro com as dicas para leitores, bem como a forma de escrever da autora. Ah, e também gostei muito de como ela descreveu a vida na Vila escocesa (me deu vontade de ir morar lá). Minha parte favorita? A descrição do festival de Midsummer! ps: é muito caro viajar para a Escócia, Google pesquisar (hahaha).
O livro é bem rápido de ser lido e uma forma muito gostosa de passar as tardes de férias. Se você nunca leu romance (ou tem preconceito assim como eu tinha), recomendo essa leitura. Afinal, mais do que a jornada de uma mulher em busca de seus sonhos, o livro é uma homenagem a todos nós, leitores.
E você, já leu? O que achou?
Au revoir.
O chá era eternamente quente.
Eterno como ele, parado à porta com um fedora negro como céu sem estrelas em suas mãos.
Saía fumaça de lá.
Ele lhe ofereceu o líquido fumegante com um sorriso de alegrias borradas.
"Tome. Você irá deixar neste mundo as lembranças dele".
Ela tomou. Se esqueceu.
Esqueceu do quê? Não daquele que lhe oferecera o chá certamente.
Viu que os olhos dele vertiam em lágrimas amargas...
Mas, o chá era tão doce.
(conto baseado no dorama "Goblin", produzido pela tvN e disponibilizado, no Brasil, pelo Viki)
Inglaterra, século XIX. Oliver Twist chegou ao mundo numa noite bem fria e nada promissora. A mãe morreu em seguida, e ninguém tinha a menor ideia de quem fosse o pai. Órfão e pobre, o menino passou por todo tipo de privação, até ser vendido a um coveiro. Maltratado, acabou fugindo e foi viver nas ruas de Londres, onde conheceu Fagin, chefe de uma quadrilha de meninos especialista em furto de joias. É o início de uma história comovente, cheia de desafios e reviravoltas. Obrigado a roubar, Oliver começa a se meter numa grande enrascada, mas nem imagina que, em meio a tamanha confusão, o destino trará à tona os segredos de sua origem.
Aventura - Clássico // 352 páginas// Principis//nota: 5/5
A minha história com Oliver Twist é de longa data. Foi pensando em ler ele que, acidentalmente, comprei Tom Sawyer e me apaixonei. E depois de tantos anos querendo ler Dickens, encontrei essa edição ao acaso e não pensei duas vezes antes de a comprar.
Pensando em retrocesso, fico feliz por não ter lido Twist antes. Eu era muito nova para uma história tão complexa e densa como essa. Isso porque o livro traz uma Inglaterra suja em todos os sentidos: é o submundo de Londres o local que mais temos contato ao longo da história, recheado pelo que não associamos com a Inglaterra de hoje - pobreza, degradação, bandidos e a realidade cruel de um período tão romantizado, a época vitoriana.
Aqui acompanhamos a jornada de Oliver, um órfão que, desde cedo, foi maltratado por quem deveria cuidar dele e que se vê sozinho tendo que enfrentar as mazelas do abandono. Ele, então, acaba nas garras de Fagin, um personagem tão complexo quanto o resto do livro, que comanda quase toda a bandidagem de Londres e pega Oliver para ser um de seus pequenos batedores de carteira.
Mas, o coração gentil e bondoso do garoto não se corrompe com o meio em que vive. E, depois de muitas aventuras, acaba encontrando seus pares em meio a uma intriga familiar que o ajudará a conhecer suas origens.
Para além da aventura, o livro foi para mim um lembrete constante do quanto é importante nós conhecermos todos os lados da História. Nada do que Dickens já esperava fazer com sua obra, aliás, já que ele é o mestre em retratar a Inglaterra pela ótica dos menos abastados. Sua escrita é dinâmica, mas principalmente, ácida, beirando ao sacarsmo. Ele conversa com a gente e nos fazer ver que também somos culpados pelo que Oliver, e tantos outros, sofrem por não serem privilegiados.
Mas, apesar de tantas ironias e tanto realismo, o livro termina com uma mensagem de esperança e paz. Confesso que isso foi um alento para o meu coração que já não aguentava mais ver o pobre do Oliver sofrer! Mas, é inegável dizer que outra parte do livro, senão o fim de todos os "vilões" da história, foi a melhor! Principalmente a de Fagin...
E você, já leu ao livro? O que acharam dessa obra clássica da literatura britânica?
Confesso que todas as vezes em que penso em Charles Dickens, a musiquinha da série Horrible Histories, da BBC, fica tocando em looping na minha cabeça, haha.
Essa música é a minha favorita da série inteira e sempre encontrarei um jeitinho de a compartilhar com mais pessoas por aí, hihi.
Au revoir.
fonte: Amino |
o seu coração congelado não batia no ritmo de um relógio. não. suas batidas eram suaves como as ondas quebrando na orla da praia, felizes pelo encontro com sua amante e com a possibilidade de beijá-la sem nenhum impedimento. o seu coração batia assim: medroso com a felicidade que se anunciava, pois não queria criar expectativas sobre sua inexorável finitude. era um coração congelado portanto.
em meio ao caos de amor em que ele vivia, já não podia mais discernir felicidade real com a imaginária. todos elas formavam uma mesma massa bolorenta que não permitia desassociação. por isso, ele repetia, mentalmente, o mantra que criara para si mesmo na época de colégio: viver um dia de cada vez. e ainda outro, que anunciava: o mais importante da vida é comer, dormir e trabalhar - se todas essas etapas forem cumpridas no dia, esse será um dia feliz.
assim, ele passava seus dias. cercado por livros de capas brilhantes, de autores brilhantes - e outros, nem tão solares assim - ele sorria com a simples preparação de um café. a borra, que já exalava aromas fantásticos sem nenhuma água para aquecê-la, era posta em um coador de papel, após uma modesta rega deste. ele, então, entornava a água fumegante. era a criação em seu mais puro sentido. adoçava? só se o cliente pedia...
mas, que cliente aparecia por ali? dois ou três no máximo. por semana. e ele ocupava sua mente com a produção de um blog muito parecido com este, mas que permitia uma liberdade sentimental muito maior.
porém, nada disso importava. não importava o quão aconchegante era o espaço em que estava, com sua atmosfera de comédia romântica natalina, o cheiro de livro e café se misturando no ar. não importava que, quando ele voltasse para casa, encontrasse uma família barulhenta e amorosa, pronta para enchê-lo de tapas ou de beijos (ninguém nunca apurou qual era o mais carinhoso entre os dois). não importava que todos na cidade o conhecesse e o tratasse como um deles.
porque ele, de fato, não era.
ele era o filho do lobo cinza que morava nas montanhas da floresta. ele tinha a sobrancelha prateada dele sobre os olhos que o permitia enxergar a verdadeira natureza de quem o cercava. ele brincava com besouros-rinoceronte e conhecia cada reentrância das montanhas como as linhas em M da sua palma da mão.
ele era um espírito livre, selvagem.
mas, como um espírito desses poderia ter seu coração congelado? como, se ele acordava com o sol todas as manhãs e inalava sua energia revigorante todas as tardes? ninguém sabe ao todo... alguns dizem que seu coração se congelou quando o lobo que o guiava sumiu. outros, quando aquela que iluminava seus olhos como centelhas da clareira de outono, foi embora sem aceitar o seu besouro-rinoceronte. entretanto, os mais perspicazes dizem que foi quando ele olhou pela primeira vez para aqueles que o acolheram em um dia de chuva: com medo de que tivessem o mesmo destino do lobo, ele reteve o seu amor no mais fundo quarto do miocárdio. e, com tanto espaços vazios de uma só vez, seu coração não acostumado aos invernos rigorosos do vilarejo, entregou-se ao gelo.
mas, será que para sempre?
talvez não. porque aquela que o olhava como todos os outros, mas para quem ele olhava de forma diferente desde seu primeiro encontro, tornou a vê-lo diferente após uma longuíssima viagem a capital. com suas malas abarrotadas de insegurança, e sem seu celular, ela voltara com a esperança de recomeçar. ele a viu do alto da colina enevada. e percebeu que seu sorriso brilhava de forma distinta para ele, só para ele, quando as luzes voltaram a pisca-piscar em amarelo na meia-noite dos reencontros oficiais.
ela o amava afinal?
ela disse que sim em um sussurro. ele não conseguiu dizer nada.
mas, as montanhas não deixariam seu filho desamparado em momentos tão cruciais quanto esse. insuflou seu coração de vida com uma brisa leve de inverno a embaraçar seus cabelos. permitiu que ele criasse expectativas pela breve duração de minutos. ele retribuiu (ou confessou?) o amor que ela sentia por aquele que deu aconchego e calor ao seu coração.
e, então, o coração dele queimou. o tiquetaquear ritmado que se podia ouvir saindo dele naquele momento era retumbante.
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* esse conto foi inspirado no dorama "When the Weather is Fine" da JTBC, disponível, no Brasil, pelo site Viki.
"Um clube de artes para o proveito de todos". Essa é a primeira frase que encontramos quando visitamos o blog Doukyuusei, criado pela miss Snow. Mas, acredito que o seu cantinho na Internet é muito mais do que isso: ele é uma janela para um universo oriental que nos encanta em sua arte, em sua gentileza de palavras e em sua aura que brilha como o mais quente sol de verão. E a miss Snow é o espelho (ou seria o contrário?) desse blog tão vibrante... Quer saber o por quê? Então, vem conhecer mais um pouquinho dela e de seu jardim que explode em criatividade.
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fonte: @booshizora |
Creio que a curiosidade foi o que me levou a isso, ao menos com a minha primeira experiência tendo um blog. Como quando descobri a existência dessa parte da internet calhou de ser a minha primeira experiência tendo um computador em casa, então pensei que seria uma experiência nova tentar gerenciar um - só não imaginava o quão longe essa curiosidade poderia me levar, já que aquele meu primeiro blog acabou dando origem a um segundo blog que, ao menos com esse eu tinha algo bem marcado em mente. Publicar meus textos, minhas fanfics e o que mais a minha cabeça quisesse.
Como você decidiu o título dele?
Como tive uma experiência quase traumática escolhendo o nome do meu primeiro blog, com o segundo eu queria ao menos que algo saísse diferente. Então eu queria um nome que não me limitasse, não fosse pessoal, ansiava por algo novo, e foi lendo um mangá chamado Doukyuusei que acabei tendo esse desejo atendido! A sonoridade desse nome era tão gostosa que acabou me cativando (além de representar o meu lado que gosta muito de perder tempo lendo mangá ah-haha!), pois "doukyuusei" (do japonês 同級生, significa "colega" ou "colega de classe") tem um significado que não me limita em nada e, agora pensando nessa resposta percebo que o termo "colega de classe" interage muito bem com o subtítulo que acabei dando à ele não muito depois de criá-lo.
Passei a chamar o Doukyuusei de "clube de artes" meio que de brincadeira e isso acabou refletindo uma parte de mim que nunca havia notado. O quanto eu queria ter tido uma experiência mais excitante na escola, ter feito parte de um clube, ter sido alguém mais empolgada como o faço com ele enquanto um blog. Eu me libero de qualquer coisa quando escrevo, eu sou animada, agitada e leve também - não uma garota apática e rabugenta como fui nos meus dias escolares. Acredito que ter escolhido Doukyuusei como o nome desse blog me fez mais bem do que eu poderia imaginar!
Quais foram (e são) suas inspirações tanto na hora de escrever, quanto em outros aspectos como fotografia e arte?
Minhas inspirações vêm daquilo que consumo diariamente, seja música livros ou a mera vivência. Literalmente tudo ao meu redor é capaz de me inspirar, mas isso é crédito da minha alta capacidade de cocriação, pois eu posso pegar mais de um aspecto de uma melodia e escrever em cima disso, ou só ver algo na televisão, uma novela e pensar em como tal posicionamento ficaria em um desenho e rascunhar isso para melhorar depois - coisa que faço muito pouco ah-haha!
Acredito que a capacidade de se inspirar no ordinário faz de um mero blogueiro, dono de um blog pessoal pequeno, alguém fabulosamente grande.
Qual é o seu post favorito de seu blog? Por que?
Ah-haha, eu realmente não consigo pensar em uma postagem favorita! Mas consigo enxergar o tempo que me dediquei a elas, o planejamento que coloquei em cima e o que eu conquistei com o meu esforço (e teimosa) nisso, então eu diria que tenho três exemplos disso - se não for muito exagero para preencher a sua pergunta: em "nove anos de mangás as estantes" consegui realizar um desejo velho meu, o de relatar a minha aventura enquanto colecionadora de mangás, e relatar minhas experiências no meio disso, e devo admitir que criar coragem de olhar volume por volume para separá-los por ordem de ano de compra foi uma aventura no túnel do tempo! mais ainda foi resolver fazer isso numa semana de chuva com pouca qualidade para tirar fotos; em "um projeto fuleiro chamado SKYflame" tive de reunir uma coragem danada para fazer um projeto pessoal de quase quatro anos fotografando o céu ganhar vida!
Nessa postagem eu relato como foi o processo de criação, perda de motivação e reconquista dela, para manter um projeto que tinha criado só porquê eu madrugava muito lendo mangá; e mais recentemente em "o delírio de ser" e "o deleite de se viver" enfrentei o receio de publicar essas duas coleções de poemas, que mesclam duas coisas que sempre tive medo de separar, a forma como encaro a realidade sendo como ela é e meu ponto de vista sonhador, mas acabou que o retorno que estou tendo com elas me fazem pensar que publicá-las foi algo certo.
O que te fez escolher um blog e não outra plataforma digital (Youtube, Instagram, Tumblr)?
Acredito que ter um blog por si só é algo acolhedor, pessoal, que passa a ideia de ser destinado a poucas pessoas. Essas outras plataformas que citou são grandes, e possuem um nível de alcance muito maior, então a ideia do pessoal se perde, pois grande público demanda muito de quem está do outro lado, fornecendo uma parte de si, um momento do seu dia para preparar um conteúdo com todo o coração. Penso que elas mais esgotam do que motivam a pessoa.
Você já pensou em desistir de escrever em seu blog? O que te motiva a continuar com ele?
Claro que já pensei nisso. Como disse antes, eu já tive um outro blog antes do Doukyuusei, e ele me fez enfrentar tantas emoções que eu realmente me questionei o que estava fazendo aqui. Afinal, qual realmente era a minha motivação em escrever tanta baboseira sobre o meu dia, sem muito nexo, só para preencher algumas linhas em uma postagem? Foi aí que encontrei a minha resposta, um motivo para querer continuar a blogar, a escrever, e essa resposta era criar. Eu queria com todas as minhas forças continuar criando e querendo ou não, ter um blog me fez descobrir isso, me fez enxergar que eu realmente sei escrever, redigir um texto consistente mesmo tendo um mente prolixa. Ter um blog me ajudou a domar esse meu lado prolixo, me fez pensar com calma antes de falar, de escrever e isso, é o que me trouxe aqui - me fez ser quem eu sou hoje!
Qual é a mensagem que você quer passar com seus posts?
Eu tenho um lema pessoal com o Doukyuusei, e ele é liberar a criatividade. Eu não penso muito nisso quando estou escrevendo e planejando minhas postagens, porém é aqui que esse lema aparece! Eu não penso nisso porque enquanto produzo, eu estou criando e é isso que eu quero que as pessoas que param por lá enxerguem. Eu quero que todas as pessoas se dem a liberdade de criar, de não pegar uma ideia e deixá-la para depois, o contrário disso, que anotem esse pensamento em algum lugar, que exercitem a cabeça e façam algo com essa ideia, que possam ir além do que sequer conseguiriam imaginar!
Você quer me dizer algo que deixei passar?
Eu sei que você com certeza pensou com muito carinho nessas perguntas, mas eu honestamente esperava por mais além delas ah-haha! Bruna, eu te agradeço muito por essa oportunidade! Por essa portinha que você abriu para minha pessoa no seu jardim, eu me sinto muito honrada em poder fazer parte disso, e me foi muito divertido e esclarecedor poder ser entrevistada por você - muitíssimo obrigada!!!